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Pedro Sánchez planeja se encontrar com Edmundo González esta semana em Madri

Premiê espanhol fez estas considerações em Xangai, onde inaugurou nesta terça-feira a nova sede do Instituto Cervantes

Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha (Oscar Del Pozo/Getty Images)

Pedro Sánchez, primeiro-ministro da Espanha (Oscar Del Pozo/Getty Images)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 10 de setembro de 2024 às 16h07.

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O presidente do governo da Espanha, Pedro Sánchez, confirmou nesta terça-feira que pretende se reunir ainda esta semana com o líder opositor venezuelano Edmundo González Urrutia, e considerou que qualquer interpretação política feita sobre sua presença no país é inadequada porque se trata de uma questão humanitária.

Sánchez fez estas considerações em Xangai, onde inaugurou hoje a nova sede do Instituto Cervantes, em uma breve conversa informal com jornalistas que cobrem sua visita à China.

No dia em que o chefe do Executivo espanhol voou para Pequim, foi informado que González Urrutia, candidato da oposição majoritária nas eleições de 28 de julho na Venezuela, estava a caminho da Espanha, onde chegou no domingo, 8 de setembro.

Pouco depois, fontes do governo espanhol informaram que a intenção de Sánchez era reunir-se com ele o mais rápido possível.

O presidente do governo confirmou hoje que pretende reunir-se com González em seu regresso da China e, dependendo da hora em que chegar a Madri na próxima quinta-feira, poderá fazê-lo nesse mesmo dia ou, caso contrário, na sexta-feira.

Nessa reunião, o chefe de governo espanhol quer saber detalhes de como está González Urrutia, que pediu asilo político na Espanha, assim como sua família.

O que Sánchez fez questão de fazer hoje foi rejeitar as críticas do opositor Partido Popular (PP, conservador) ao fato de Edmundo González ter viajado para a Espanha.

O vice-secretário de Assuntos Institucionais do PP, Esteban González Pons, considerou que a presença do opositor na Espanha não significa fazer um favor à democracia, mas tirar um problema do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, que foi declarado vencedor das eleições pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) sem a devida apresentação dos registros de votação desagregados.

Sánchez disse hoje que qualquer consideração política feita sobre essa decisão é inadequada e frisou que se trata de uma mera questão humanitária.

Fontes governamentais salientaram que não houve qualquer negociação política com o regime de Nicolás Maduro para a saída de González e afirmaram que o Executivo espanhol tem sido o mais claro e duro ao pedir que as atas de votação das eleições presidenciais dos venezuelanos sejam tornadas públicas.

A Plataforma Unitária Democrática (PUD) publicou mais de 80% das atas na internet - o governo de Maduro descreveu-as como "falsas", mas não apresentou outras - para sustentar sua alegação de que González venceu as eleições com uma ampla margem e o CNE cometeu uma “fraude”.

Por estas alegações, González foi indiciado e se tornou alvo de um mandado de prisão, mas não chegou a ser capturado, pois, como se soube posteriormente, escondeu-se na embaixada da Holanda antes de tomar a decisão de viajar para a Espanha.

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