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Pedro Sánchez estuda antecipar as eleições legislativas na Espanha

Com a perda de apoio político, o presidente de governo da Espanha, Pedro Sánchez, cogita realizar as eleições legislativas em 14 de abril

Espanha realiza eleições locais, regionais e europeias em 26 de maio (Sergio Perez/Reuters)

Espanha realiza eleições locais, regionais e europeias em 26 de maio (Sergio Perez/Reuters)

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EFE

Publicado em 11 de fevereiro de 2019 às 12h17.

Madri — O presidente de governo da Espanha, o socialista Pedro Sánchez, está cogitando a possibilidade de antecipar as eleições legislativas para 14 de abril, segundo garantiram nesta segunda-feira à Agência Efe fontes do Poder Executivo.

Esta hipótese surge em um momento de incerteza sobre a aprovação do orçamento estatal de 2019, que, por enquanto, têm a rejeição expressa da oposição de centro e de direita (Ciudadanos e Partido Popular) e dos partidos independentistas catalães (PDeCAT e ERC).

Sánchez chegou à chefia de governo em junho de 2018 após uma moção de censura contra o conservador Mariano Rajoy, apoiado pelos partidos de esquerda e pelos nacionalistas bascos e catalães, na metade de uma legislatura cujo final está previsto para meados de 2020.

Mas PP e Ciudadanos intensificaram sua pressão sobre Sánchez tanto no parlamento como com em manifestações na rua, para que o governante antecipe as eleições, com o argumento de que ele não pode se manter no poder com o apoio dos independentistas catalães.

A Espanha realizará eleições locais, regionais e europeias em 26 de maio, mas os dirigentes regionais do Partido Socialista e Operário Espanhol (PSOE) pediram a Sánchez que não as faça em conjunto com o pleito legislativo para que não as primeiras sejam "contaminadas" com o debate nacional, especialmente com a crise política na Catalunha.

Sánchez afirmou hoje que os independentistas catalães e os partidos de direita votarão contra a lei orçamentária de 2019 e se perguntou se ambos vivem melhor na confrontação do que na busca de soluções.

O chefe de governo e líder socialista afirmou através de um texto no Twitter que "a política torna parceiros estranhos", já que "o independentismo votará contra um orçamento social bom para a Catalunha e a direita contra um orçamento social bom para a Espanha".

"Não será que vivem melhor no confronto do que nas soluções?", se perguntou Sánchez, que, além disso, lembrou que a independência da Catalunha "não é constitucional e não é o desejo da maioria dos catalães".

Essas reflexões do chefe do Poder Executivo acontecem no início de uma semana crucial para a sobrevivência de seu governo, que tem um exíguo apoio parlamentar (o PSOE tem somente 84 das 350 cadeiras do Congresso).

Por um lado, nesta terça-feira começa no Congresso o debate das emendas à totalidade do orçamento do Estado para 2019 e, além disso, começa o julgamento no Tribunal Supremo contra 12 políticos e líderes sociais da Catalunha por sua participação no processo independentista de 2017.

O presidente do governo regional catalão, Quim Torra, insistiu hoje que o reconhecimento do direito "à autodeterminação" e outros pontos exigidos pelos independentistas serão cruciais para um hipotético apoio à lei orçamentária.

Se Sánchez não tiver apoio para as contas do Estado, as chances de ele convocar eleições legislativas antecipadas aumentam consideravelmente, segundo os analistas.

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