Os Estados Unidos criaram 151 mil vagas de emprego em fevereiro, de acordo com o payroll divulgado nesta sexta-feira, 7, pelo Escritório de Estatísticas do Trabalho (BLS, na sigla em inglês).
O resultado representa uma alta em relação a janeiro, mas ficou abaixo das expectativas do mercado, que projetava a abertura de 160 mil a 170 mil postos de trabalho fora do setor agrícola.
O dado de janeiro foi revisado para baixo em 18 mil vagas, de 143 mil para 125 mil. O de dezembro teve revisão para cima em 16 mil, de 307 mil para 323 mil.
Com isso, a taxa de desemprego ficou em 4,1%, enquanto analistas esperavam queda para 4%. O número de desempregados fechou o mês em 7,1 milhões.
O setor privado criou 140 mil postos de trabalho em fevereiro. O setor de serviços gerou 106 mil vagas, enquanto a indústria abriu 34 mil. Em janeiro, os serviços haviam criado 88 mil vagas, e a indústria, 81 mil. O setor público abriu 11 mil postos, após registrar 44 mil em janeiro.
O relatório também mostra que a taxa de participação da força de trabalho e a métrica emprego-população foram de 62,4% e 59,9% em fevereiro, respectivamente. A participação recuou em relação a janeiro e segue abaixo do nível pré-pandemia, de 63,3%.
O salário médio por hora trabalhada ficou em US$ 35,93, com alta de 0,28% na base mensal, em linha com as expectativas. No acumulado de 12 meses, o avanço foi de 4,02%, abaixo da projeção de 4,2%.
No início da semana, o relatório de emprego do setor privado apontou a criação de apenas 77 mil postos de trabalho, frente a uma expectativa de 140 mil novas vagas. A desaceleração do mercado de trabalho americano pode fortalecer apostas em um corte de juros pelo Federal Reserve, banco central dos EUA. Até o momento, a maior probabilidade é de manutenção na próxima reunião, em março.