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Paul Ryan: Trump não precisa de aprovação para atacar Síria

Para presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, lei de Autorização para Uso da Força Militar dá a autoridade ao presidente para ação militar

Paul Ryan: avaliação do parlamentar sobre a lei é contestada por congressistas republicanos e democratas (Gary Cameron/Reuters/Reuters)

Paul Ryan: avaliação do parlamentar sobre a lei é contestada por congressistas republicanos e democratas (Gary Cameron/Reuters/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de abril de 2018 às 18h20.

O presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Paul Ryan, afirmou nesta quinta-feira que o presidente do país, Donald Trump, não precisa da aprovação do Congresso para realizar um ataque contra a Síria.

"A existente AUMF (Autorização para Uso da Força Militar) lhe dá a autoridade que ele precisa para fazer isso", disse Ryan, citando uma lei aprovada em 2001 como resposta aos atentados de 11 de setembro daquele ano, que faz menção exclusiva à Al Qaeda.

Em repetidas ocasiões, congressistas americanos tentaram modificar a lei para que a autorização inclua também o grupo terrorista Estado Islâmico (EI).

"O que eu odiaria é ter uma AUMF que atasse as mãos do Exército em um momento no qual temos ameaças assimétricas em todo o mundo, particularmente a do EI", disse o republicano.

A análise de Ryan sobre a legislação é frontalmente oposta a feita por vários congressistas republicanos e democratas, entre elas a líder da minoria na Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi.

"Nossos representantes acreditam, como eu, que precisamos de uma nova AUMF", ressaltou Pelosi, que afirmou que Trump deveria pedir autorização para o Congresso antes de bombardear a Síria.

As reações dos parlamentares ocorrem em um momento no qual o governo Trump estuda uma resposta ao suposto ataque com armas químicas registrado em Duma no último sábado. Os EUA acusam o regime do presidente da Síria, Bashar al Assad, de ser responsável pelo incidente, que matou pelo menos 43 pessoas.

O próprio Trump tentou acalmar os ânimos sobre uma possível ação militar contra a Síria nesta quinta-feira, após ter ameaçado ontem a Rússia, aliada de Al Assad.

"Nunca disse quando o ataque à Síria ocorrerá. Pode ser muito em breve ou não tão em breve", afirmou Trump no Twitter.

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