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Da Redação
Publicado em 29 de agosto de 2012 às 21h52.
Washington - "Os Estados Unidos precisam mudar de rumo", dirá o candidato à vice-presidência americana pelo Partido Republicano, Paul Ryan, segundo trechos do discurso que ele fará nesta quarta-feira durante a convenção em Tampa (Flórida, sudeste), divulgados anteriormente pelo comitê de campanha.
"Depois de passar quatro anos girando em todas as direções, os Estados Unidos precisam mudar de rumo e o homem que pode fazer isso é o governador Mitt Romney", candidato republicano à presidência, afirmará Ryan.
"Eu aceito o chamado da minha geração para dar aos nossos filhos a América que nos foi dada, com oportunidade para os jovens e segurança para os mais velhos, e eu sei que estamos prontos", dirá.
"Nosso indicado certamente está pronto. Sua vida inteira o preparou para este momento, para enfrentar desafios sérios de uma forma séria, sem desculpas e palavras vãs", acrescentá, em alusão a Mitt Romney, seu cabeça de chapa.
"Então este é nosso compromisso: nós não vamos evitar as questões difíceis, vamos liderar. Não vamos passar quatro anos culpando os demais, assumiremos a responsabilidade", afirmará.
"Vocês têm o direito à mais clara escolha possível porque o tempo para escolher está se esgotando", advertirá.
Ryan deve fazer o seu discurso por volta das 22h00 locais (23h00 de Brasília) diante de milhares de delegados republicanos reunidos em Tampa que o escolheram formalmente na terça-feira para ser o companheiro de chapa de Mitt Romney contra a dupla democrata Barack Obama-Joe Biden nas presidenciais de 6 de novembro.
O candidato a vice republicano, de 42 anos, representante pelo Wisconsin (norte), é muito conservador em questões sociais, como o aborto, e defende uma redução drástica das despesas públicas. Ele preside a Comissão de Orçamento da Câmara dos Representantes.
Em seu discurso, ele fará a promessa de uma forte liderança e argumentará que quase quatro anos de políticas econômicas equivocadas de Obama deixaram o país diante da necessidade de um chamado de alerta.
"Meu pai costumava dizer, 'Filho, você tem uma escolha: pode ser parte do problema ou pode ser parte da solução'", dirá Ryan.
"A atual administração fez suas escolhas, enquanto Mitt Romney e eu fizemos as nossas. Antes que as contas e a força dos acontecimentos nos subjuguem, vamos resolver os problemas econômicos desta nação", afirmará.
"E eu serei franco com vocês: não temos muito tempo. Mas se formos sérios, inteligentes e liderarmos, podemos fazer isto", emendará.
Assessores afirmam que a mensagem "otimista" do discurso se concentrará no plano Romney-Ryan para fortalecer a classe média, em forte contraponto, dizem, às promessas descumpridas e fracassos econômicos que atribuem a Obama.
"Temos um projeto para reforçar as classes médias com o objetivo de criar 12 milhões de empregos nos quatro próximos anos", prometerá Ryan, em um momento em que a economia é o tema mais preocupante entre os americanos.
Ryan denunciará também de maneira virulenta a reforma da saúde do presidente Obama.
"O Obamacare equivale a mais de 2.000 páginas de regras, taxas e outras coisas que não têm lugar algum em um país livre", deverá dizer Ryan na convenção, prometendo que, em caso de vitória no dia 6 de novembro, o governo Romney revogará esta lei.
"O presidente declarou que a discussão sobre o seguro de saúde controlado pelo governo estava terminada. Isto virará notícia para os milhões de americanos que elegerão Mitt Romney para que possamos revogar o Obamacare", acrescentará.
O discurso de Paul Ryan é um dos pontos altos da convenção republicana, que terminará nesta quinta-feira, com o discurso de Mitt Romney, durante o qual ele aceitará formalmente a sua indicação como candidato do partido a chefiar a Casa Branca.