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Patriota vê boas relações com Itália após decisão sobre Battisti

Em encontro com vice de Cuba, Dilma discutiu projetos do Brasil no país e combate à cólera no Haiti

Presença do embaixador italiano é sinal do bom relacionamento Brasil-Itália, diz Patriota (Renato Araújo/AGÊNCIA BRASIL)

Presença do embaixador italiano é sinal do bom relacionamento Brasil-Itália, diz Patriota (Renato Araújo/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2011 às 15h05.

Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, avaliou neste domingo que Brasil e Itália devem manter bons laços, apesar da decisão brasileira de negar a extradição do ex-ativista italiano Cesare Battisti, condenado à revelia em seu país por assassinatos.

O novo chanceler, empossado no sábado e que recebe o cargo do ex-ministro Celso Amorim neste domingo, Patriota disse que a presença do embaixador italiano no Brasil, Gherardo La Francesca, na posse da presidente Dilma Rousseff no sábado é um símbolo desse bom relacionamento.

"A presença dele nessa cerimônia de posse foi uma manifestação do desejo dos dois países de prosseguirem no seu relacionamento e darem ênfase às convergências, a uma agenda construtiva", disse o ministro, que falou aos jornalistas sobre os encontros bilaterais com líderes estrangeiros que Dilma realizou neste domingo.

No encontro com o primeiro vice-presidente de Cuba, José Ramón Machado Ventura, Dilma determinou a intensificação da parceria com o país caribenho para combater o alastramento da epidemia de cólera que afeta o Haiti.

"Decidiu-se que Brasil e Cuba, com o Haiti, vão intensificar a cooperação para evitar que essa epidemia se alastre", disse o ministro.

"Já existem alguns casos na República Dominicana. É causa de grande preocupação para todos nós."

O Haiti foi devastado por um terremoto no início do ano passado e a população tem sofrido com um surto de cólera desde outubro. Segundo Patriota, a atuação de Brasil e Cuba terá a cooperação da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e talvez da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O Brasil comanda as tropas de paz da Organização das Nações Unidas (ONU) que atuam no Haiti desde a queda do então presidente Jean-Bertrand Aristide, em 2004.

Além da epidemia, Dilma e Ventura conversaram sobre projetos do Brasil em Cuba, como a construção do Porto de Mariel e a assistência ao desenvolvimento de soja na ilha.

A presidente reuniu-se também com outras seis autoridades estrangeiras: o príncipe espanhol Felipe de Astúrias; o presidente do Uruguai José Mujica; o primeiro-ministro da Coreia do Sul, Kim Hwang-Sik; e o primeiro-ministro de Portugal, José Sócrates, além do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e o ex-primeiro-ministro do Japão Taro Aso.

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