O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota: "Felicito o presidente Maduro por sua vitória. Reafirmamos nossa posição de seguirmos trabalhando muito estreitamente”, disse Patriota. (Antonio Cruz/ABr)
Da Redação
Publicado em 15 de abril de 2013 às 16h39.
Brasília – O governo brasileiro apoia a eleição do presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, que venceu a disputa com o opositor Henrique Capriles ontem (14). O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, elogiou hoje (15) o “espírito democrático” que prevaleceu durante as eleições e parabenizou Maduro. Segundo ele, a tendência é o Brasil e a Venezuela estreitarem ainda as relações que já são próximas.
“A Venezuela é um país membro do Mercosul. É nosso parceiro e a expectativa não poderia deixar de ser outra, senão prosseguirmos com um caminho de relações cada vez mais estreitas e profundas. Felicito o presidente Maduro por sua vitória. Reafirmamos nossa posição de seguirmos trabalhando muito estreitamente”, disse Patriota, após encontro com o chanceler da Guatemala, Luis Fernando Carrera.
Patriota ressaltou que as autoridades brasileiras e venezuelanas estão permantemente em contato. De acordo com o ministro, há reuniões a cada três meses para discutir uma série de assuntos comuns – agricultura, gestão pública, o programa de casas populares executado na Venezuela seguindo o exemplo brasileiro, e a integração no Amazonas.
Ao ser perguntado como o Brasil pode colaborar com a Venezuela na busca de medidas que visam à recuperação econômica do país, Patriota disse que haverá nas próximas semanas uma reunião entre os embaixadores Veronica Guerrero, da Venezuela, e Antonio Simões, do Brasil.
Nas eleições ontem (14), Maduro obteve 50,66% dos votos e Capriles, 49,07%. Porém, a oposição levantou dúvidas sobre o processo eleitoral, indicando que houve irregularidades, e pediu a recontagem dos votos. No entanto, Patriota e Carrera reafirmaram a confiança no processo eleitoral.
O chanceler guatemalteco também destacou que os princípios democráticos foram respeitados durante as eleições na Venezuela. “A institucionalidade na Venezuela é suficientemente forte”, disse Carrera, que veio ao Brasil para assinar acordos de parcerias nas áreas de criação de um banco internacional de leite, eletrificação rural, alfabetização e infraestrutura.