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Patriota: opinião de secretário da OEA não é a da entidade

José Miguel Insulza sugeriu ontem que o Paraguai não seja suspenso da organização por causa do impeachment

Patriota: "entre os países-membros [da OEA], ainda estamos em uma fase deliberativa”, afirmou o chanceler a respeito da decisão sobre o Paraguai (Antonio Cruz/Abr)

Patriota: "entre os países-membros [da OEA], ainda estamos em uma fase deliberativa”, afirmou o chanceler a respeito da decisão sobre o Paraguai (Antonio Cruz/Abr)

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Da Redação

Publicado em 11 de julho de 2012 às 12h42.

Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, disse hoje (11) que a manifestação do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), José Miguel Insulza, sobre a atual situação do Paraguai não constitui a posição oficial do bloco. Segundo ele, os países-membros ainda estão em fase deliberativa.

Em reunião extraordinária ontem (10) da OEA, José Miguel Insulza sugeriu que seja feito um plano de ação para facilitar o diálogo entre os países da região e o Paraguai e que o país não seja suspenso da organização por causa do impeachment do então presidente Fernando Lugo.

“O secretário-geral Miguel Insulza fez uma visita à Assunção e apresentou seu relatório aos países-membros, mas as opiniões dele não constituem uma posição da OEA. Entre os países-membros, ainda estamos em uma fase deliberativa”, explicou, após participar de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado.

Sobre a decisão de incorporar a Venezuela ao Mercado Comum do Sul (Mercosul) após a suspensão do Paraguai do bloco, Patriota disse apenas que os dois processos são distintos e que a entrada da Venezuela já vinha sendo debatida entre os países sul-americanos há bastante tempo.

Em relação à um possível retorno do Paraguai ao Mercosul, tendo a Venezuela como país-membro, o ministro avaliou que não é possível fazer especulações sobre o futuro e que o desejável, no momento, é apenas a retomada da democracia no Paraguai.

“A volta do Paraguai, segundo a decisão do Mercosul, é quando houver plena vigência da ordem democrática. Não é mencionada eleição, mas a eleição seria um caminho”, concluiu.

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