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Da Redação
Publicado em 11 de julho de 2012 às 19h10.
Brasília - O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, voltou a defender nesta quarta-feira o ingresso da Venezuela no Mercosul e a suspensão do Paraguai do bloco.
Patriota compareceu na comissão de Relações Exteriores do Senado e respondeu às críticas da oposição, que é contra a suspensão do Paraguai e contra o apoio dado a Venezuela pelo Brasil, Uruguai e Argentina.
O ministro reiterou que ambas as decisões foram adotadas em comum acordo pelos três países durante o recente encontro da cúpula, realizado na cidade argentina de Mendonza. ''O Paraguai só poderá voltar a participar (do bloco) quando retomar a plena vigência da ordem democrática''.
Sobre o ingresso da Venezuela, que estava pendente por conta do Paraguai, Patriota insistiu que o país terá uma importância econômica e política de ''interesse estratégico'' para o Mercosul.
''Com a Venezuela, o Mercosul se estenderá desde a Patagônia até o Caribe'', disse o ministro, que destacou o potencial venezuelano na área de energia e o ''fortalecimento das redes de comércio e investimentos'' que se prevê com a incorporação do país.
Segundo Patriota, tanto a suspensão do Paraguai como o ingresso da Venezuela ''foram decisões difíceis, mas tomadas com critério e com cuidado para que não fossem adotadas medidas que afetassem o povo paraguaio'' e ''como resposta a uma situação inaceitável''.
A entrada da Venezuela no Mercosul será formalizada em reunião extraordinária que será realizada no próximo dia 31, no Rio de Janeiro. Para o encontro, são esperados os presidentes do Uruguai, José Mujica, do Brasil, Dilma Roussef e da Argentina, Cristina Kirchner.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, que está em plena campanha para as eleições do país, anunciou nesta semana que também estará presente na reunião.
''Devo ir, tenho que ir, claro. É muito importante para nós e para toda América Latina'', disse nesta quarta-feira o líder venezuelano.