Cuba: Patriota destacou que o embargo provoca “consequências negativas” à população cubana, que sofre com as restrições por não ter acesso a várias mercadorias (Arquivo/AFP)
Da Redação
Publicado em 7 de junho de 2013 às 12h02.
Brasília - O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, defendeu o fim do embargo econômico a Cuba durante a 43ª Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Antígua, na Guatemala. Cuba é alvo de embargo imposto pelos Estados Unidos há cerca de meio século. O chanceler criticou também a inclusão de Cuba, pelo governo norte-americano, na lista dos países que patrocinam o terrorismo internacional.
“Em nosso continente, não há lugar mais para embargos econômicos e financeiros unilaterais. Reitero nosso chamado ao fim do embargo norte-americano a Cuba, eleita por consenso para presidir a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos [Celac]”, destacou ontem (6) o chanceler, referindo-se ao bloco que reúne 33 países.
Patriota destacou que o embargo provoca “consequências negativas” à população cubana, que sofre com as restrições por não ter acesso a várias mercadorias e produtos, muitos de primeira necessidade. O chanceler condenou a inclusão, pelos norte-americanos, de Cuba na lista dos países que patrocinam o terrorismo internacional.
“Devemos ter presente sempre as consequências negativas ao povo cubano de décadas de embargo. A situação está prejudicada ainda mais com a recente e injustificada inclusão de Cuba pelos Estados Unidos em sua lista de países que patrocinam o terrorismo internacional”, disse o chanceler.
Patriota reiterou que o governo brasileiro rechaça também as associações feitas em relação aos países com o terrorismo. Segundo ele, as listas divulgadas sobre supostas relações entre países e o terrorismo não têm respaldo no direito internacional.
“O Brasil rechaça a elaboração unilateral de listas acusando Estados de supostamente apoiar e copatrocinar o terrorismo ou outras listas unilaterais, pois entende que tais listas não encontram lastro no direito internacional”, disse o ministro. “Entendemos ser nosso propósito comum o de fortalecer o multilateralismo.”