Crianças olham para barco destruído pelos fortes ventos trazidos pelo Tufão Rammasun às Filipinas (REUTERS/Romeo Ranoco)
Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2014 às 07h00.
Manila - Pelo menos cinco pessoas morreram durante a passagem do tufão Rammasun nas Filipinas, que atingiu a metade norte do país com rajadas de vento de até 250 km/h, informou nesta quarta-feira o Conselho de Gestão e Redução de Risco de Desastres do país.
Uma mulher de 25 anos morreu ontem à noite na província de Samar do Norte, no leste do país, após ser atingida por um poste da rede elétrica, enquanto um homem de 49 anos morreu em Bulacan, no norte, de acordo com o órgão.
Outras três pessoas morreram em Lucena, a cerca de 100 quilômetros ao sudeste da capital Manila, enquanto outras duas ficaram feridas ao serem eletrocutadas na província de Camarins Sul.
Três pescadores estão desaparecidos desde ontem de manhã, quando saíram para trabalhar em frente ao litoral da província de Catanduanes, no nordeste das Filipinas.
Além disso, cerca de 450 mil pessoas deixaram suas casas e buscaram abrigo em centros de evacuação, segundo o Ministério do Bem-estar Social e Desenvolvimento.
O Ministério de Obras Públicas e Estradas do país garantiu que, até o momento, não ocorreram inundações em Manila, onde as autoridades decidiram hoje fechar, de forma preventiva, seus escritórios e a Bolsa de Valores, além de suspender as aulas em todos os centros educativos.
Várias regiões do país ficaram sem fornecimento de energia, entre elas o distrito financeiro da capital, Makati, onde a queda de árvores causou danos à rede elétrica.
O tufão, batizado como Glenda pelas autoridades filipinas, tem cerca de 500 quilômetros de diâmetro e chegou ontem pela tarde ao litoral do país. Está previsto que o sistema de baixa pressão deixe o arquipélago ao meio-dia de hoje, mas, ao longo do dia, as intensas chuvas devem continuar no sul da ilha de Luzon, onde se encontra Manila.
O Rammasun chegou às Filipinas enquanto o país ainda se recupera dos danos causados por outro tufão, o Haiyan, que em novembro do ano passado causou 6,3 mil mortes e deixou mais de mil desaparecidos, além de aproximadamente 28,7 mil feridos.
A temporada de tufões nas Filipinas, que começa geralmente em junho e termina em novembro, atrai todos os anos entre 15 e 20 ciclones ao país.