Está previso que o navio chegue à Ilha de Mahé, a maior do arquipélago das Seychelles, às 9h locais (Seychelles Coast Guard/AFP)
Da Redação
Publicado em 29 de fevereiro de 2012 às 10h29.
Roma - Os 627 passageiros do cruzeiro Costa Allegra, que por causa de um incêndio está sem eletricidade e vem sendo rebocado, se lavam com água mineral e comem comida fria, como frutas, salsicha e queijo, além de pão que diariamente um helicóptero da companhia lhes traz, informou nesta quarta-feira a Costa Cruzeiros.
A empresa proprietária do Costa Allegra, Costa Cruzeiros, emitiu nesta quarta-feira um novo comunicado no qual indica que a 'situação a bordo do navio é regular, o tempo é bom e não há dados relevantes a serem informados'.
A companhia acrescenta que o horário de chegada à Ilha de Mahé, a maior do arquipélago das Seychelles, está sujeito a variações em função da velocidade e das condições do tempo e do mar, embora esteja previsto que seja às 9h locais (1h30 do horário de Brasília) desta quinta-feira.
A Costa Cruzeiros declarou ainda que está em contato com os familiares de todos os passageiros para tranquilizá-los e mantê-los informados.
Atualmente três embarcações rebocam o navio que ficou à deriva na segunda-feira após um incêndio ser registrado na sala de máquinas, deixando o cruzeiro sem eletricidade.
De acordo com a Costa Cruzeiros, a 'ligeira brisa' que sopra pela velocidade que o navio adquiriu graças a seu reboque 'ajuda a tornar a situação mais suportável', embora devido à falta de ar condicionado os passageiros estejam há duas noites dormindo ao ar livre.
Nas próximas horas chegarão à embarcação alguns membros da equipe Costa Care, organização de assistência às viagens, que providenciarão a repatriação de todos os passageiros.
Também em Mahé, segundo comunicou a empresa, há uma equipe de 14 pessoas que dará assistência aos 627 passageiros (entre eles 15 espanhóis, dois brasileiros e um uruguaio), que serão alojados em hotéis à espera de retornarem a seus países.
O porta-voz da Capitania dos Portos, o comandante Cosimo Nicastro, explicou ao canal 'Sky TG24' que também está previsto que chegue ao navio uma equipe de técnicos enviados pela companhia e que estudará a possibilidade de voltar a ativar os propulsores da embarcação, embora de maneira parcial, o que aceleraria a chegada ao porto.
O incêndio no Costa Allegra, com oito pontes e 399 camarotes, ocorreu um mês e meio depois do naufrágio do Costa Concordia, que também pertence à Costa Cruzeiros, em frente ao litoral da ilha italiana de Giglio, causando 25 mortes e deixando sete desaparecidos.