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Partilha ministerial desagrada deputados de PT e PMDB

Aliados não conseguiram, até agora, emplacar seus indicados e sentem-se desprestigiados na formação do governo Dilma

Nem Michel Temer conseguiu colocar seus aliados no novo governo (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

Nem Michel Temer conseguiu colocar seus aliados no novo governo (Antonio Cruz/AGÊNCIA BRASIL)

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Da Redação

Publicado em 1 de dezembro de 2010 às 10h12.

Brasília - O PT e o PMDB na Câmara estão convencidos de que, por enquanto, só o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está satisfeito com a montagem do ministério de Dilma Rousseff. E já ameaçam criar problemas para a presidente eleita. Parlamentares dos dois partidos ficaram irritados com a indicação à revelia das bancadas do petista Paulo Bernardo para as Comunicações e do peemedebista Sérgio Côrtes, na pasta da Saúde.

Ignorados no processo de escolha, petistas e peemedebistas - incluído aí o vice-presidente eleito, deputado Michel Temer (PMDB-SP) - não conseguiram, até agora, emplacar seus indicados e sentem-se desprestigiados. Os mais nervosos advertem que está em jogo a governabilidade no mandato de Dilma, porque serão os deputados que vão votar os interesses do Palácio do Planalto no Congresso.

O indicado para a Saúde, Sérgio Luiz Côrtes da Silveira, é apadrinhado do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB). Côrtes é secretário estadual de Saúde do Rio e médico ortopedista. Chega ao futuro governo Dilma na cota do PMDB fluminense. Em conversas reservadas, integrantes do PMDB afirmam que Côrtes não representa o partido na equipe, pois entra na cota de Cabral. 

No PT, a reclamação é semelhante. A indicação de Paulo Bernardo, hoje titular do Planejamento, para a pasta das Comunicações é vista como uma articulação de Dilma e Lula. Os deputados do PT também não se consideram representados pelo futuro primeiro escalão já escolhido: Guido Mantega (Fazenda), Miriam Belchior (Planejamento), Fernando Haddad (Educação), Antonio Palocci (Casa Civil), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral). Apesar de petistas, não são escolhas da bancada.

Disciplinados, os petistas não ameaçam retaliação ou enfrentamento com o governo. O mesmo não ocorre com o PMDB. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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