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Partidos começam a estudar cenário sem maiorias na Espanha

De acordo com os resultados definitivos, o governante centro-direitista Partido Popular (PP) conseguiu 123 deputados na Câmara com 28,7% dos votos


	Eleições: o esquerdista Podemos obteve 69 cadeiras e 20,6% dos votos, enquanto o liberal Ciudadanos teve 40 deputados eleitos
 (Andrea Comas / Reuters)

Eleições: o esquerdista Podemos obteve 69 cadeiras e 20,6% dos votos, enquanto o liberal Ciudadanos teve 40 deputados eleitos (Andrea Comas / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de dezembro de 2015 às 09h44.

Madri - Os partidos políticos espanhóis começarão a analisar com detalhes nesta segunda-feira os resultados das eleições gerais do domingo sem maiorias claras para formar o governo, o que exigirá diálogo para tentar estabelecer pactos.

De acordo com os resultados definitivos, o governante centro-direitista Partido Popular (PP) conseguiu 123 deputados na Câmara com 28,7% dos votos, seguido pelo socialista PSOE com 90 cadeiras e 22%.

Entre os emergentes, o esquerdista Podemos obteve 69 cadeiras e 20,6% dos votos, enquanto o liberal Ciudadanos foi o quarto mais representado, com 40 deputados e 13,9% dos votos.

O restante, até 350 cadeiras, ficou repartido entre os partidos independentistas e nacionalistas, além de pequenas forças da esquerda.

A maioria absoluta necessária para ser eleito presidente do Governo é de 176 cadeiras, o que obrigaria a participação de pelo menos três partidos em qualquer pacto, a não ser que fosse estabelecido um acordo entre populares e socialistas, opção que nunca foi considerada na política espanhola por serem rivais históricos.

Nas primeiras reações após as eleições de domingo, todos os líderes se mostraram a favor do diálogo e do consenso para garantir a governabilidade em um marco inédito desde 1977, quando a Espanha recuperou a democracia.

As diretorias dos partidos políticos se reunirão hoje para analisar com mais detalhes os resultados e começar a avaliar opções de pactos.

As duas Câmaras - Congresso e Senado - serão abertas no dia 13 de janeiro e, poucos dias depois, o rei Felipe VI realizará uma rodada de conversas com os líderes de todos os grupos.

Dessas diálogos sairá a proposta do monarca de um candidato à presidência do governo, que se submeterá a um debate de posse.

Para ser eleito chefe do Executivo, o candidato deve obter em uma primeira votação a maioria absoluta da Câmara (176 votos) e, caso consiga, será feita uma segunda votação 48 horas depois, com a necessidade de uma maioria simples.

Se o candidato perder novamente na segunda votação, há a possibilidade de o rei propor novos aspirantes em um prazo máximo de dois meses. Caso nenhum candidato obtenha a confiança do Congresso, serão convocadas novas eleições.

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