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Partidos árabes concorrerão pela primeira vez em Israel

Partidos da minoria árabe de Israel concorrerão nas eleições pela primeira vez na história política local, segundo jornal "Ha'aretz"


	Israel: até hoje, a minoria árabe tinha participado das eleições separadamente
 (Shlomit Wolf/Stock.xchng)

Israel: até hoje, a minoria árabe tinha participado das eleições separadamente (Shlomit Wolf/Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2015 às 11h30.

Jerusalém - Os partidos da minoria árabe de Israel concorrerão, pela primeira vez na história política local, em uma lista conjunta após alcançar um acordo que negociavam há semanas, informa neste domingo o jornal "Ha'aretz".

O acordo, administrado com a ajuda de dirigentes e idosos desta comunidade de 1,5 milhão de pessoas (20% da população de Israel), representa um marco na história política do país, e poderia se transformar em um dos principais grupos parlamentares do parlamento (Knesset).

"Esta é uma mensagem coletiva da minoria árabe a todos os racistas", disse o deputado Ahmed Tibi, líder do partido Ta'al, que ocupará o quarto posto de uma lista que combina islamitas, laicos, democratas, nacionalistas e ex-comunistas.

A iniciativa de unir forças para o pleito antecipado de 17 de março surgiu quando uma lei promovida pelo partido nacionalista Israel Beteinu elevou a barreira de acesso ao parlamento israelense a 3,25% dos votos válidos.

A nova legislação ameaçava deixar de fora duas das quatro formações da minoria árabe, que viu a medida como uma tentativa de separá-la do poder legislativo.

Dov Jenin, o único judeu da lista e membro da frente pela igualdade Hadash (ex-comunista), explicou que "esta aposta estende sua mão a todas as forças democráticas em Israel, a todas as forças que apoiam a paz, a justiça e a igualdade, e a todos os que se opõem ao racismo".

Segundo o acordo de coalizão, o dirigente desta formação, Aiman Oude, liderará a nova aliança de partidos árabes, da qual também farão parte o Pacto Nacional Democrático (Balad), a Lista Árabe Unida e o Movimento Árabe pela Renovação, estes dois últimos já aliados em uma só formação nas últimas eleições legislaturas.

Até agora a minoria árabe tinha participado das eleições israelenses separadamente, obtendo cada uma entre três e quatro cadeiras, e um máximo de 11 no total. 

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