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Partido pró-Exército vence eleição da Tailândia, diz comissão eleitoral

Tanto situação quanto oposição reivindicaram um mandato para formar o próximo governo

Eleições na Tailândia: país vive primeira votação após golpe militar em 2014 (Athit Perawongmetha/Reuters)

Eleições na Tailândia: país vive primeira votação após golpe militar em 2014 (Athit Perawongmetha/Reuters)

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Reuters

Publicado em 28 de março de 2019 às 09h55.

Bancoc — A conturbada eleição da Tailândia sofreu mais uma reviravolta nesta quinta-feira, 28, quando a Comissão Eleitoral anunciou que o partido pró-Exército, que almeja manter o líder atual da junta, Prayut Chan-o-cha, no poder, venceu a votação popular, agora que 100 por cento dos votos foram contados.

Tanto o pró-Exército Palang Pracharat quanto a "frente democrática" anti-junta reivindicaram um mandato para formar o próximo governo, mas não está claro se algum dos lados será capaz de angariar votos suficientes no Parlamento para compor um governo viável.

O Palang Pracharat venceu a votação popular com 8,4 milhões de votos, segundo a Comissão Eleitoral. A votação de domingo foi a primeira desde um golpe militar de 2014. O Partido Pheu Thai, principal sigla opositora cujo governo eleito foi deposto pelo golpe, recebeu 7,9 milhões de votos.

"Estes números são resultados totalmente contados e relatados oficialmente por cada zona eleitoral", disse Krit Urwongse, vice-secretário-geral da Comissão Eleitoral.

Os resultados representam 100 por cento das urnas apuradas, mas não serão oficializados até que as cifras finais sejam anunciadas em 9 de maio. A comissão informou que os números dizem respeito à votação popular nacional, e não detalhou qual foi a fatia de cada partido em cada uma das 350 zonas eleitorais.

O Pheu Thai é composto de membros leais ao ex-primeiro-ministro Thaksin Shinawatra, que foi afastado por um golpe em 2006 e se autoexilou em 2008 para evitar uma condenação por corrupção que disse ter tido motivação política.

Um governo liderado por sua irmã, Yingluck Shinawatra, foi derrubado pelo golpe de 2014.

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