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Partido pró-curdo na Turquia declara preso como candidato presidencial

O candidato do partido pró-turco foi preso pelo governo turco após a tentativa de golpe de Estado de julho de 2016

Turquia: as eleições foram antecipadas para o dia 24 de junho deste ano (REUTERS/Osman Orsal/Reuters)

Turquia: as eleições foram antecipadas para o dia 24 de junho deste ano (REUTERS/Osman Orsal/Reuters)

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AFP

Publicado em 2 de maio de 2018 às 14h48.

O principal partido pró-curdo da Turquia anunciou nesta quarta-feira que seu ex-líder preso, Selahattin Demirtas, será candidato à presidência nas eleições antecipadas previstas para 24 de junho.

O Partido Democrático do Povo (HDP) informou em uma mensagem que a candidatura de Demirtas, detido desde novembro de 2016, será anunciada oficialmente na sexta-feira em atos em Istambul e em Diyarbakir, principal cidade do sudeste da Turquia, de maioria curda.

"Podemos perceber de agora em diante um futuro brilhante. Alimentamos nossos sonhos e esperanças com essas boas notícias. Nos reuniremos para compartilhar nossa alegria de anunciar a candidatura de Selahattin Demirtas para a presidência", informou o HDP.

Demirtas, de 45 anos, foi detido com outros outros deputados do HDP em operações lançadas pelo governo turco de Recep Tayyip Erdogan após o fracassado golpe de Estado de julho de 2016.

Acusado especialmente de dirigir uma "organização terrorista" e de "propaganda terrorista", Demirtas poderia ser condenado a até 142 anos de prisão.

As autoridades turcas acusam o HDP de ser uma vitrine política do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), uma organização classificada como terrorista pela Turquia, pela União Europeia e pelos Estados Unidos.

No entanto, o partido, que é a terceira força do Parlamento, rejeita essas alegações e afirma que são atacados por sua firme oposição ao presidente Erdogan.

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