Mundo

Partido Liberal lidera a 5 dias das eleições no Canadá

O partido opositor aparece no topo da preferência dos eleitores com 36,1% de apoio, segundo pesquisas


	Canadá: se o resultado for confirmado nas eleições de 19 de outubro, o Partido Liberal ganharia com minoria
 (Getty Images)

Canadá: se o resultado for confirmado nas eleições de 19 de outubro, o Partido Liberal ganharia com minoria (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2015 às 18h38.

Toronto - O opositor Partido Liberal (PL) aparece no topo da preferência dos eleitores, com 36,1% de apoio, a cinco dias para as eleições gerais no Canadá, segundo as últimas enquetes.

Já o governante Partido Conservador (PC) soma 29,2% das intenções de voto, enquanto o social-democrata e também opositor Novo Partido Democrático (NPD), 24,5%, segundo os resultados de três enquetes realizadas nos últimos dias pela empresa Nanos.

Se o resultado for confirmado nas eleições de 19 de outubro, o Partido Liberal ganharia com minoria e estaria obrigado a contar com o apoio dos social-democratas para governar.

Tanto o PL como o NPD já asseguraram que não apoiarão um governo conservador.

A Nanos disse que as enquetes, realizadas nos dias 10, 11 e 13 de outubro com entrevistas com 1.200 pessoas, têm uma margem de erro de 2,8%.

A diferença entre liberais e conservadores é a maior registrada desde que a campanha eleitoral começou em 2 de agosto.

No início da campanha, os três principais partidos estavam virtualmente empatados em preferências de voto, com o NPD ligeiramente na frente.

Porém, na última parte da campanha eleitoral, uma da mais longas na história do país e a mais cara, o NPD perdeu espaço para os liberais, liderados por Justin Trudeau, o filho do ex-primeiro-ministro do país, Pierre Trudeau.

Um dos fatores que estão empurrando os liberais é a campanha ABC ("Anybody But Conservatives", qualquer um, menos os conservadores) que está se espalhando por todo o país.

As enquetes assinalam que após dez anos de governo do líder conservador e atual primeiro-ministro, Stephen Harper, até 70% da população canadense quer uma mudança sem importar quem substitua o Partido Conservador no poder.

Dado que o sistema eleitoral canadense é de sufrágio direto, que premia apenas o ganhador de cada uma das 338 circunscrições nas quais está dividido o país, a divisão do voto entre liberais e social-democratas permitiria a vitória de candidatos conservadores em várias circunscrições.

Por isso, nestas eleições, sindicatos, organizações sociais e ativistas iniciaram campanhas para que nos circunscrições onde a divisão do voto favoreça os conservadores, os eleitores votem no candidato opositor com mais chances de ganhar a cadeira.

A campanha ABC recebeu também o apoio de líderes conservadores opostos a Harper, especialmente desde que o primeiro-ministro canadense começou a utilizar como arma eleitoral a proibição da utilização do véu por mulheres muçulmanas.

No início de outubro, o influente ex-primeiro-ministro conservador da província de Terranova e Labrador, Danny Williams, uniu-se à campanha e denunciou as táticas "racistas" de Harper durante uma entrevista na "CBC", a televisão pública canadense.

A campanha ABC está sendo especialmente efetiva em Terra Nova e Labrador e nas demais regiões atlânticas do Canadá. Segundo a pesquisa da Nanos, os conservadores só contam na região com 21% de apoio, atrás dos liberais (52,7%) e dos social-democratas (21,9%).

Na província francófona do Québec, onde estão em jogo 78 das 338 cadeiras, o NPD está em primeiro com 32,6% de apoio, seguido pelo Partido Liberal, com 30,5%, e o separatista Bloco Quebequense (21,4%). Os conservadores contam apenas com 14% de apoio.

Em Ontário, com direito a 121 cadeiras, o PL tem intenções de voto de 45,2%, na frente do PC (32,7%) e do NPD (17,6%).

Os conservadores só contam com mais apoio que seus rivais nas províncias do oeste do país, que combinadas somam 104 deputados.

Acompanhe tudo sobre:CanadáEleiçõesPaíses ricosPartidos políticos

Mais de Mundo

Exército sudanês recupera cidade-chave controlada por paramilitares

Extrema direita alemã expõe seus planos radicais às vésperas das eleições

Procurador responsável por investigações contra Trump renuncia

México vai enviar reforços aos EUA para combate incêndios em Los Angeles