Catalunha (Yves Herman/Reuters)
EFE
Publicado em 30 de outubro de 2017 às 11h46.
Barcelona - O partido independentista catalão ERC confirmou nesta segunda-feira que concorrerá às eleições autônomas de 21 de dezembro, embora as considere "ilegítimas" por terem sido convocadas pelo governo espanhol de Mariano Rajoy para restaurar a legalidade constitucional na região.
A aprovação pelo parlamento catalão de uma declaração de independência no último dia 27 levou o Executivo de Madri, com prévia autorização do Senado, a destituir o gabinete regional e a dissolver seu parlamento, com a convocação imediata dos pleitos.
Em entrevista coletiva, o porta-voz do ERC, Sergi Sabrià, disse hoje que "as urnas não nos dão medo", razão pela qual "encontraremos a maneira de participar" nas eleições de 21 de dezembro.
O ERC (republicanos de esquerda) é um dos partidos da coalizão independentista que governava a Catalunha e seu líder, Oriol Junqueras, era vice-presidente no gabinete de Carles Puigdemont.
As pesquisas prévias à sexta-feira davam ao ERC o primeiro lugar em intenções de voto entre todos os partidos e uma enquete publicada ontem pelo jornal "El Mundo" confirmou essa tendência.
Após a reunião da direção do ERC, Sergi Sabrià afirmou que as instituições catalãs "foram ocupadas de maneira ilegal" como consequência do decreto do Executivo espanhol.
"Foi um golpe de Estado", destacou o porta-voz, que, no entanto, abriu a porta à presença nos pleitos de 21 de dezembro porque é preciso "preservar esta república frágil e, ao mesmo tempo, rejeitar a usurpação que representa a intervenção" da autonomia por parte do Executivo de Rajoy.