Duque, presidente da Colômbia: "Neste momento de inegável transcendência para a paz, insistimos na necessidade de que o senhor possa receber uma delegação do nosso partido", diz Farc (Divulgação/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de maio de 2019 às 12h40.
Bogotá - O partido Farc, surgido da antiga guerrilha do mesmo nome, pediu neste sábado ao presidente da Colômbia, Iván Duque, que receba uma delegação desse movimento político após a recaptura, na sexta-feira, pela Promotoria, de um de seus líderes, Jesús Santrich, segundos depois de sair da prisão.
"Presidente Duque, neste momento de inegável transcendência para a paz da Colômbia, insistimos na necessidade de que, o mais breve possível, o senhor possa receber uma delegação do nosso partido para expor-lhe pessoalmente nossas inquietações", afirmou o movimento em comunicado após uma reunião de seus líderes em Bogotá.
Nesse encontro, o partido analisou a situação que provocou a nova detenção de Santrich por parte da Promotoria, que afirmou ter "novas evidências" da sua participação em narcotráfico.
Nesse sentido, a Força Alternativa Revolucionária do Comum (Farc) explicou que a recaptura do ex-líder guerrilheiro "é um desconhecimento da Jurisdição Especial para a Paz (JEP)", que dias antes tinha ordenado sua liberdade imediata.
"A detenção ilegal de Jesús Santrich, forjada na Promotoria, é um desconhecimento da Jurisdição Especial de Paz, e portanto à Constituição Política, ao tentar burlar uma de suas decisões judiciais, ao mesmo tempo em que se busca debilitar o pilar fundamental do acordo de paz", acrescentou o movimento político.
Enquanto isso, Seuxis Paucias Hernández, conhecido como "Jesús Santrich", foi levado na madrugada deste sábado ao Hospital Méderi por "alteração do estado de consciência e sinais neurológicos positivos", após voltar a ser detido.