Mundo

Partido determina que presidente da África do Sul renuncie

Partido governista ordenou nesta terça-feira (13) que Jacob Zuma renuncie como chefe de Estado, após anos no poder marcados por escândalos

Jacob Zuma: Líder da África do Sul dividiu o país (John Moore/Getty Images)

Jacob Zuma: Líder da África do Sul dividiu o país (John Moore/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 13 de fevereiro de 2018 às 13h05.

Johanesburgo - O partido governista da África do Sul ordenou nesta terça-feira que Jacob Zuma renuncie como chefe de Estado depois de discussões sobre o destino de um líder que dividiu o país após anos no poder marcados por escândalos.

Membros do Congresso Nacional Africano (CNA) querem agora que o novo líder do partido, Cyril Ramaphosa, substitua Zuma como presidente, disse a jornalistas o secretário-geral do CNA, Ace Magashule.

Mas a executiva nacional do CNA ficou dividida sobre quando exatamente Zuma deveria sair, completou Magashule.

Nem Zuma nem seu porta-voz se pronunciou, mas Magashule afirmou que o presidente prometeu responder à ordem até quarta-feira.

O rand se enfraqueceu, com operadores atribuindo o movimento à incerteza provocada pela falta de um cronograma claro.

Magashule disse que se reuniu com Zuma pessoalmente para informar a decisão. "Não demos a ele nenhum prazo para responder...a organização espera que ele saia", disse ele.

Zuma havia pedido ao partido para lhe dar de três a seis meses, mas isso lhe foi negado, segundo Magashule.

A decisão de determinar a retirada de Zuma do poder aconteceu após 13 horas de discussões tensas e um debate curto cara a cara entre Zuma e Ramaphosa.

Ramaphosa, líder sindical e advogado, foi eleito chefe do CNA em dezembro ao derrotar a ex-esposa de Zuma, Nkosazana Dlamini-Zuma.

Acompanhe tudo sobre:África do SulCrise política

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA