Pervez Musharraf é escoltado por soldados a tribunal antiterrorismo de Islamabad: ele é acusado no caso do assassinato da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto (Aamir Qureshi/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de maio de 2013 às 09h45.
Islamabad - O partido do ex-presidente paquistanês Pervez Musharraf (1999-2008), cuja candidatura às eleições gerais do fim de semana foi invalidada pela justiça, conquistou no entanto uma cadeira no Parlamento federal.
Musharraf, 69 anos, voltou do exílio em março com a intenção de "salvar o Paquistão" nas eleições, mas a justiça ordenou a prisão domiciliar e invalidou sua candidatura às eleições em Chitral, pequena localidade do noroeste do país onde é muito popular.
O partido de Musharraf, All Pakistan Muslim League (APLM), decidiu então boicotar as eleições. Mas o protesto foi anunciado depois da impressão das cédulas de voto e assim a população de Chitral teve a possibilidade de votar no substituto de Musharraf.
A comissão eleitoral anunciou nesta segunda-feira que o substituto local de Musharraf, Iftikhar Uddin, foi eleito para o Parlamento.
Musharraf, acusado no caso do assassinato da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto, chegou ao poder em 1999 em um golpe de Estado contra o governo eleito de Nawaz Sharif e renunciou em 2008.
Ironia do destino, a votação do fim de semana deu a vitória ao partido Liga Muçulmana (PML-N) de Sharif, que voltará ao poder.