Reino Unido: o Partido Conservador obteve 308 cadeiras (Neil Hall/Reuters)
EFE
Publicado em 9 de junho de 2017 às 06h24.
Última atualização em 9 de junho de 2017 às 06h31.
Londres - O Partido Conservador, liderado pela primeira-ministra Theresa May, perdeu a maioria absoluta no Parlamento britânico, de acordo com a recontagem oficial de votos das eleições gerais de quinta-feira, no Reino Unido.
Conhecido o resultado de 632 circunscrições do país das 650 que compõem a Câmara dos Comuns, o Partido Conservador obteve 308 cadeiras, e fica matematicamente impedido de alcançar os 326 deputados necessários para obter a maioria absoluta.
O Partido Trabalhista, de Jeremy Corbyn, tem 257 parlamentares, o Partido Nacionalista Escocês (SNP) 34 assentos e os liberal-democratas 12 cadeiras.
Com estes resultados, o Reino Unido tem o que se conhece como um Parlamento "pendurado", em que nenhuma formação obteve a maioria absoluta e não poderá governar sozinho, com isso, necessitará o apoio de outros partidos.
No momento da dissolução do Parlamento, em maio, os "tories" tinham 330 cadeiras, contra 229 do Partido Trabalhista.
No dia 18 de abril, Theresa May convocou eleições antecipadas, quando seu partido tinha uma vantagem de 20 pontos sobre os trabalhistas de Corbyn.
No entanto, na reta final da campanha eleitoral, os trabalhistas conseguiram diminuir consideravelmente a diferença.
Quando anunciou as eleições, que deveriam ser realizadas em 2020, Theresa May disse que buscava aumentar a maioria nos Comuns, com o objetivo de contar com um mandato forte nas negociações com Bruxelas sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE).
No entanto, sua aposta não deu certo e agora os conservadores terão que decidir os próximos passos.
O pró-britânico Partido Democrático Unionista do Ulster (DUP), que tem dez cadeiras dos 18 da Irlanda do Norte na Câmara dos Comuns, já manifestou sua intenção de oferecer ajuda a Theresa May para formar uma coalizão.
Como os conservadores obtiveram o maior número de cadeiras, eles tentarão primeiramente formar o governo, mas se não conseguir, May deveria renunciar.