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Partido de Bashar al-Assad suspende todas as atividades ‘até novo aviso’

Regime de Assad, que se manteve no poder por 24 anos, entrou em colapso no domingo

Assad se manteve no poder por 24 anos (AFP/AFP)

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EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 11 de dezembro de 2024 às 22h07.

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O Partido Árabe Baath, do presidente sírio deposto Bashar al-Assad, anunciou nesta quarta-feira, 11, a suspensão de suas atividades “em todas as suas formas até novo aviso” e assinalou que todas as suas propriedades e recursos estão sob a supervisão dos ministérios sírios de Finanças e Justiça.

Em declaração assinada pelo secretário-geral, Ibrahim al-Hadid, e divulgada pelo canal "Al Mayadeen", o partido detalhou que analisou e acompanhou todas as situações políticas, econômicas e sociais para tomar a decisão de cessar as atividades, além de anunciar que suas receitas serão depositadas no Banco Central da Síria.

O Baath, segundo as informações, também decidiu entregar todos os mecanismos, veículos e armas em posse dos militantes ao Ministério do Interior ou à unidade policial ou delegacia mais próxima e elaborar um registro oficial deles.

A liderança central do partido ordenou “a devolução de todos os companheiros emprestados e delegados de outros ministérios, instituições e departamentos de origem, e pediu que eles se coloquem à disposição das entidades nas quais trabalhavam originalmente”.

Além disso, o partido informa que a Universidade Privada Al-Sham está agora sob a supervisão do Ministério da Educação Superior, tanto em aspectos acadêmicos quanto administrativos, segundo o comunicado.

Queda do regime de Assad

O comunicado foi feito depois que o regime de Assad, que se manteve no poder por 24 anos, entrou em colapso no domingo nas mãos dos insurgentes liderados pela Organização pela Libertação do Levante (HTS, na sigla em árabe), que tomaram Damasco com pouca resistência após uma ofensiva de 12 dias.

No mesmo dia, Hadi Al Bahra, presidente do mais alto órgão político da oposição síria no exílio, a Coalizão Nacional Síria, disse que, após a queda de Assad, não há intenção de desmantelar seu partido, o Baath, e sim reconvertê-lo em uma formação “normal” para não repetir os mesmos erros no Iraque após a derrubada do ditador Saddam Hussein em 2003.

“Se os desmantelarmos, nós os isolaremos. E se os isolarmos, eles se tornarão extremistas”, disse ele à época, enquanto assegurava que a "interferência" do Irã e da Rússia - os principais aliados de Assad - nos assuntos da Síria seria limitada.

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