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Partido Comunista Chinês acerta reformas gerais

Dirigentes chineses concluíram uma reunião plenária com um acordo para o aprofundamento geral das reformas, entre elas o "papel decisivo" do mercado


	Congresso do Partido Comunista da China em 2013: o país se colocará mais nas mãos do mercado, que desempenhará um papel decisivo, segundo informações
 (Getty Images)

Congresso do Partido Comunista da China em 2013: o país se colocará mais nas mãos do mercado, que desempenhará um papel decisivo, segundo informações (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de novembro de 2013 às 11h26.

Pequim - Dirigentes do Partido Comunista Chinês (PCC) concluíram nesta terça-feira uma reunião plenária com um acordo para o aprofundamento geral das reformas, entre elas o "papel decisivo" do mercado, anunciou a agência oficial, Xinhua.

A reunião dos 376 membros do Comitê Central do Partido, a terceira deste tipo desde a transição que ocorreu há um ano na cúpula do regime, começou no sábado com o objetivo de deliberar sobre reformas econômicas e sociais consideradas históricas.

O presidente chinês Xi Jinping, secretário-geral do PCC desde novembro do ano passado, leu ante o encontro comunista um relatório de trabalho.

Segundo as primeiras informações, fornecidas pela Xinhua com poucos detalhes, a China se colocará mais nas mãos do mercado, que desempenhará um "papel decisivo".

O país estabelecerá também um "Comitê encarregado da segurança do Estado", anunciou a agência estatal sem dar maiores detalhes.

A reunião foi realizada com discrição e sob forte vigilância em um complexo residencial do Exército chinês, perto da Praça Tiananmen (Paz Celestial).

As duas primeiras sessões plenárias servem tradicionalmente para designar os dirigentes do Partido e do Estado, enquanto que a terceira fixa as grandes linhas políticas e econômicas.


Em 1978, em uma ocasião como esta, Deng Xiaoping lançou sua grande modernização da economia chinesa.

O Diário do Povo, órgão do PCC, falava de um "novo ponto de partida histórico para a China".

"As esperanças são grandes sobre esta reunião histórica", escreveu no sábado passado, em sua primeira página, o Global Times, um jornal oficial.

"A reunião deste ano dará as linhas gerais das reformas que determinarão a competitividade da China para a próxima década", avaliou o Global Times em seu editorial.

Segundo o jornal, as reformas devem estar orientadas a abrir à concorrência setores fortemente controlados por grupos públicos, desde as ferrovias até o transporte aéreo, passando pelas finanças, pela energia e pelas telecomunicações.

Xi Jinping e o primeiro-ministro Li Keqiang, no poder desde março, mostraram em diversas ocasiões sua vontade de reequilibrar o crescimento da segunda economia mundial para torná-la menos dependente das exportações e dos investimentos em infraestruturas.

Por sua vez, os meios de comunicação estatais insistiram nesta semana em uma possível reforma dos direitos sobre as terras agrárias ou do sistema de hukou (visto de residência), que restringe o acesso aos serviços públicos dos habitantes de zonas rurais que migraram em direção às cidades sem autorização.

No entanto, os analistas esperam "um mapa do caminho" muito geral de reformas, consideram que os detalhes e o calendário precisos serão revelados posteriormente e que sua implementação será muito progressiva.

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