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Partido alemão torce para que Snowden ganhe Nobel da Paz

Líder de partido alemão indicou o ex-analista da Cia para o prêmio Nobel da Paz 2014 por sua dedicação e compromisso com os direitos humanos


	Edward Snowden: graças às revelações de Snowden, os cidadãos americanos souberam da vigilância generalizada e em massa de seu governo, segundo partido alemão
 (Getty Images)

Edward Snowden: graças às revelações de Snowden, os cidadãos americanos souberam da vigilância generalizada e em massa de seu governo, segundo partido alemão (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2014 às 08h45.

Berlim - O líder do partido alemão A Esquerda (Die Linke), Gregor Gysis, indicou nesta sexta-feira o ex-analista da Cia Edward Snowden para o prêmio Nobel da Paz 2014 por sua "dedicação e compromisso com os direitos humanos" ao revelar as práticas da espionagem em massa dos Estados Unidos.

No mesmo dia em que o secretário de Estado americano, John Kerry, visita a capital alemã, Gysis explicou em comunicado que Snowden, que obteve asilo temporário na Rússia, merece "agradecimento e respeito por revelar as práticas ilegais e criminosas da Agência de Segurança Nacional americano (NSA)".

Segundo sua opinião, graças às revelações de Snowden, os cidadãos americanos souberam da vigilância generalizada e em massa de seu Governo, o que encorajou o povo a se rebelar contra ela.

"A entrega deste prêmio teria para o ex-analista um efeito positivo em sua segurança pessoal", sentenciou o líder do principal partido da oposição na Alemanha.

Esta indicação se soma a de dois deputados do Partido da Esquerda Socialista norueguês, que destacaram a contribuição de Snowden a um ordem mundial "mais pacífica e estável".

De acordo com o testamento do magnata sueco Alfred Nobel, podem ser designados candidatos ao prêmio da Paz, o único que não se outorga nem entrega em Estocolmo, catedráticos de Universidade em Direito ou Ciências Políticas, parlamentares ou antigos laureados.

O ganhador do prêmio da Paz em 2013 foi a Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ), distinta por seus "amplos esforços" para eliminar esses arsenais, um trabalho que ganhou visibilidade com a crise síria.

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