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Partidários de Bo Xilai criam novo partido político na China

Nova legenda nomeia Bo como 'presidente vitalício', que foi um dos políticos com mais projeção na China e representante da corrente neomaoísta do Partido

O ex-dirigente político Bo Xilai (C) durante audiência em Jinan, na província de Shandong
 (AFP)

O ex-dirigente político Bo Xilai (C) durante audiência em Jinan, na província de Shandong (AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de novembro de 2013 às 08h44.

Pequim - Partidários do ex-ministro do Comércio Bo Xilai, condenado à prisão perpétua por corrupção, criaram um novo partido político na China que nomeou como presidente vitalício o ex-líder, em um claro desafio ao governante Partido Comunista que proíbe 'de fato' a criação de grupos contrários a sua gestão.

Segundo publicou o jornal South China Morning Post (SCMP), o Partido Zhi Xian, ou 'a Constituição é a autoridade suprema', foi formado na quarta-feira, três dias antes de começar a reunião política mais importante do ano da qual sairão as próximas reformas econômicas e sociais que o país impulsionará.

A nova legenda nomeia Bo como 'presidente vitalício', que foi um dos políticos com mais projeção na China e representante da corrente neomaoísta do Partido, segundo confirma ao jornal uma das fundadoras do Zhi Xian, Wang Zheng.

Wang, professora de comércio internacional do Instituto de Ciências Econômicas e Gestão de Pequim, defendeu que a criação do Partido 'não é ilegal sob a Lei chinesa'.

Em carta aberta publicada na internet no dia depois de formado novo partido, Wang explica que é uma professora comum, que nunca conheceu pessoalmente Bo, mas que sua figura a inspirou e lhe impressionou a atitude combativa que o ex-líder mostrou no julgamento contra ele no final de agosto, por suborno, desvio e abuso de poder.

A professora, a voz de uma legenda que desafia o sistema do Partido Comunista chinês (PCCh) que ataca qualquer tipo de partido que o critique, embora no papel os permita, rejeitou ter sido perseguida pelas autoridades chinesas depois de publicada a carta aberta. EFE

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