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Parmalat pede desculpa a Chávez após criticar governo

Chávez exigiu no domingo que seus ministros investiguem a suspeita e a Parmalat respondeu publicamente que há falta de coordenação entre as autoridades do governo

Chávez:  "o cabelo começou a crescer e vou rumo ao afro!" (Leo Ramirez/AFP)

Chávez: "o cabelo começou a crescer e vou rumo ao afro!" (Leo Ramirez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2011 às 20h32.

Caracas - A companhia italiana de lácteos Parmalat pediu desculpas ao presidente da Venezuela, Hugo Chávez, dois dias depois de ter ele ter acusado uma subsidiária local de acumular estoques de leite no país e favorecer a elevação de preços. Chávez exigiu no domingo que seus ministros investiguem a suspeita e a Parmalat respondeu publicamente que há falta de coordenação entre as autoridades do governo. A companhia mencionou o fato de que a oferta de leite é concedida à companhia pelo próprio governo, para embalagem e distribuição.

Diante disso, Chávez afirmou que a Parmalat pretendia ridicularizar o governo. Mas a companhia enviou hoje uma carta a Chávez dizendo: "Sob nenhuma circunstância pretendemos questionar seu honorável governo e os esforços de outros organismos públicos na proteção da oferta de alimentos e do consumidor nacional."

"Lamentamos o desconforto criado por nosso comunicado (anterior) e oferecemos nossas sinceras desculpas ao senhor (Chávez) e a seu governo", afirmou a Parmalat, acrescentando que vai continuar trabalhando com o Estado para garantir oferta suficiente de leite no país.

O anúncio de Chávez contra a Parmalat, no domingo, veio à tona depois de o governo ter lançado, em 22 de novembro, uma nova Lei de Preços Justos e Custos, numa tentativa de conter a elevada inflação na Venezuela. A lei pretende estabelecer limites de preços sobre os bens em diversos setores da economia e prevê auditorias em companhias privadas.

Chávez já alertou que companhias culpadas por "especulação" e que não cumprirem as regulações serão expropriadas. "Isso é típico da burguesia", afirmou o presidente, depois de discutir as acusações contra a Parmalat na televisão. Ele disse, ainda, que o governo apreendeu toneladas de produtos alimentícios como parte das inspeções em empresas privadas. As informações são da Dow Jones.

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