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Parlamento venezuelano quer investigar morte de agente rebelde

A ação policial contra Pérez e sua equipe foi criticada pelas ONGS pró-direitos humanos

Venezuela: um deputado pediu a Reverol "algum elemento que comprove (...) sem dúvidas" que Pérez "negou se entregar" (Sergio Perez/Reuters)

Venezuela: um deputado pediu a Reverol "algum elemento que comprove (...) sem dúvidas" que Pérez "negou se entregar" (Sergio Perez/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de janeiro de 2018 às 16h08.

Caracas - O Parlamento venezuelano, de maioria opositora, criou nesta quarta-feira uma comissão especial que investigará a operação militar que na segunda-feira terminou com a morte do policial rebelde Óscar Pérez e outros seis "terroristas", segundo o Executivo.

Durante a formação desta equipe parlamentar, liderada pela presidente da Comissão de Política Interior, Delsa Solórzano, estiveram presentes vários familiares dos mortos.

O ministro de Interior, Néstor Reverol, informou ontem que "apesar de todas as tentativas de alcançar uma rendição pacífica e negociada", o "grupo terrorista fortemente armado iniciou de maneira astuciosa e mal-intencionada um enfrentamento com os organismos de segurança atuantes, gerando lamentavelmente 2 vítimas fatais das forças de segurança".

Nesta sessão da comissão, o deputado opositor César Alonso pediu a Reverol "algum elemento que comprove (...) sem dúvidas" que Pérez "negou se entregar" e que pegou em armas para enfrentar as forças de segurança que justificasse a violenta operação militar.

"Isso tem que ser apresentado perante a opinião pública, porque se não o fizerem, corrobora de maneira clara, contundente, que estamos observando um massacre", disse Alonso.

O integrante da polícia científica Óscar Pérez, de 36 anos, ficou conhecido durante as manifestações antigovernamentais em meados de 2017, quando com um helicóptero deste corpo de segurança sobrevoou o Supremo Tribunal de Justiça, contra o qual disparou e lançou granadas.

Após esta ação que deixou alguns danos materiais e já na clandestinidade, há algumas semanas assaltou um quartel militar do qual levou armamento, um ataque que não deixou vítimas fatais.

Também gravou uma série de vídeos que postou nas redes sociais nos quais pedia uma rebeldia popular contra o Governo.

A ação policial contra Pérez e sua equipe foi criticada pelas ONGS pró-direitos humanos que asseguram que o "estado não esgotou a via da resolução pacífica e realizou uma operação com mortos e feridos", segundo o Programa Venezuelano de Educação-Ação em Direitos Humanos (Provea).

Uma série de vídeos gravados desde o interior da casa mostra Pérez negociando com as forças de segurança, às quais pedia garantias para se entregar e salvar assim a vida dos civis "inocentes" que dizia que estavam no local.

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