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Parlamento venezuelano aprova início de processo contra Maduro

O acordo foi aprovado em sessão especial com o voto favorável ao processo por parte da maioria opositora

Maduro: a convocação servirá para que o líder venezuelano "responda todas as argumentações e acusações" (/Miraflores Palace/ Handout via Reuters)

Maduro: a convocação servirá para que o líder venezuelano "responda todas as argumentações e acusações" (/Miraflores Palace/ Handout via Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de outubro de 2016 às 18h45.

Caracas - A Assembleia Nacional (AN) da Venezuela aprovou nesta terça-feira que seja iniciado um processo para determinar a responsabilidade política de Maduro na "ruptura do fio constitucional" no país e o convocou para comparecer ao parlamento no dia 1º de novembro.

O acordo foi aprovado em sessão especial com o voto favorável ao processo por parte da maioria opositora e com a posição contrária dos deputados chavistas.

Segundo o chefe da bancada opositora na AN, Julio Borges, a convocação servirá para que o líder venezuelano "responda todas as argumentações e acusações" e para que, "com o respaldo do povo venezuelano, prove que se submete à Constituição e ao parlamento".

Já que a Constituição do país não contempla um julgamento político, no plenário decidiu investigar o suposto abandono do cargo no qual o presidente venezuelano teria incorrido, segundo a bancada opositora.

A comissão de alto nível criada no domingo para "desenvolver e definir" o expressado nos acordos do parlamento será a encarregada de analisar a responsabilidade política de Maduro.

O presidente da AN, o opositor Henry Ramos Allup, explicou que o parlamento tem poder para determinar responsabilidades políticas após prévia avaliação, mas não de desenvolver um julgamento que contribua para a destituição do presidente, o que é competência do Poder Judiciário.

A próxima sessão da Assembleia Nacional foi convocada para a quinta-feira. O chavismo desprezou as decisões tomadas pelo Poder Legislativo, alegando que a AN é "inoficiosa" porque sua atuação não gera consequências, já que seus atos são considerados nulos pelo Supremo venezuelano.

O parlamento, dominado pela oposição, decidiu iniciar o processo contra Maduro um dia após o anúncio de um diálogo marcado para 30 de outubro entre o governo de Maduro e a oposição, com o acompanhamento da União de Nações Sul-americanas (Unasul) e do Vaticano.

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