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Parlamento turco aprova lei que limita consumo de álcool

A venda de álcool passa a ser proibida em todo o comércio entre 22h e 6h, e em qualquer hora do dia em estabelecimentos próximos a escolas e mesquitas


	Manifestação em Ancara contra as novas leis sobre o álcool: a oposição denunciou o texto, afirmando que o regime quer controlar o comportamento da população e islamizar a sociedade turca (Adem Altan/AFP)

Manifestação em Ancara contra as novas leis sobre o álcool: a oposição denunciou o texto, afirmando que o regime quer controlar o comportamento da população e islamizar a sociedade turca (Adem Altan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de maio de 2013 às 12h19.

Ancara - O Parlamento turco aprovou nesta sexta-feira um projeto de lei, defendido pelo partido islâmico-conservador que governa o país, que limita o consumo, a venda e a publicidade de bebidas alcoólicas, um texto denunciado como um atentado às liberdades pela oposição.

Ao final de debates agitados, o texto apresentado pelo Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP) foi aprovado nesta madrugada por uma maioria dos deputados, em nome da proteção da saúde da população.

Segundo os termos da lei, a venda de álcool passa a ser proibida em todo o comércio entre 22h00 e 6h00, e em qualquer hora do dia em estabelecimentos próximos a escolas e mesquitas. Mensagens alertando para os perigos do álcool passarão a ser obrigatórias nas embalagens.

Além disso, o patrocínio de eventos esportivos ou outros por produtores de bebidas alcoólicas passa a ser proibido, assim como a presença de imagens incitando o consumo em filmes, séries de TV e clipes.

Para aqueles que dirigirem alcoolizados, a punição passa a ser maior, com multa de 700 libras turcas e suspensão de conduzir por seis meses. Se a taxa de álcool no sangue for superior a 0,1% o condutor poderá receber uma pena de dois anos de prisão.

A oposição denunciou o texto, afirmando que o regime quer controlar o comportamento da população e islamizar a sociedade turca.

"Este texto está sendo imposto por motivos religiosos e ideológicos", denunciou um deputado do principal partido da oposição, Musa Cam.

"Não é um combate contra os males do álcool, mas uma tentativa de impor suas crenças e seu modo de vida a toda sociedade".

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