Mundo

Parlamento proíbe adoção de crianças russas por americanos

O texto ainda deve ser adotado em terceira leitura e pela câmara alta, uma etapa geralmente formal

Mulher segura cartaz de protesto em frente ao parlamento russo: as relações entre as duas potências ficaram mais tensas nas últimas semanas (©afp.com / Andrey Smirnov)

Mulher segura cartaz de protesto em frente ao parlamento russo: as relações entre as duas potências ficaram mais tensas nas últimas semanas (©afp.com / Andrey Smirnov)

DR

Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2012 às 14h16.

Moscou - A Duma (câmara baixa russa) aprovou nesta quarta-feira em segunda leitura uma proposta de lei que proíbe a adoção de crianças russas por americanos, em resposta a sanções previstas contra a Rússia adotadas recentemente pelo Congresso dos Estados Unidos.

Os deputados aprovaram por 400 votos contra quatro o texto emendado da proposta, que também prevê sanções contra qualquer pessoa estrangeira culpada de atentar contra os direitos de cidadãos russos, e medidas contra ONGs com financiamento americano.

O texto ainda deve ser adotado em terceira leitura e pela câmara alta, uma etapa geralmente formal.

Segundo o projeto de lei, está proibido aos americanos adotar crianças russas e se põe fim à atividade das agências que organizam estas adoções.

Esta lei foi chamada informalmente de "projeto de lei Dima Iakovlev", nome de um menino russo de dois anos, morto por insolação em 2008 depois que seu pai adotivo o esqueceu em um carro em pleno verão.

O pai foi absolvido da acusação de homicídio culposo por um tribunal americano, o que provocou a ira de Moscou.

Além disso, as relações entre as duas potências ficaram mais tensas nas últimas semanas.

No início de dezembro, o Congresso americano aprovou sanções contra os funcionários russos envolvidos na morte do jurista Serguei Magnitski em 2009.

Magnitski foi detido depois de ter acusado policiais e agentes do fisco de desviar fundos e lavar dinheiro. Morreu em detenção aos 37 anos, vítima da violência e sem receber cuidados médicos.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaCriançasEstados Unidos (EUA)EuropaPaíses ricosRússia

Mais de Mundo

À espera de Trump, um G20 dividido busca o diálogo no Rio de Janeiro

Milei chama vitória de Trump de 'maior retorno' da história

RFK Jr promete reformular FDA e sinaliza confronto com a indústria farmacêutica

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde