Mundo

Parlamento líbio pede perdão por ataque a consulado dos EUA

O embaixador do país, John Christopher Stevens, e outros três cidadãos americanos morreram no ataque


	Fumaça sai de carro e de prédio do consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia, após incêndio: o presidente do Congresso Líbio definiu o ataque como "criminoso e covarde"
 (AFP)

Fumaça sai de carro e de prédio do consulado dos EUA em Benghazi, na Líbia, após incêndio: o presidente do Congresso Líbio definiu o ataque como "criminoso e covarde" (AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2012 às 12h44.

Trípoli - O presidente do Congresso Nacional líbio, Mohammed Youssef al Magrif, pediu perdão nesta quarta-feira pelo ataque feito ontem à noite ao consulado dos Estados Unidos em Benghazi, no qual morreram o embaixador do país, John Christopher Stevens, e outros três cidadãos americanos.

"Pedimos perdão aos Estados Unidos, ao povo americano e a todo o mundo", disse Magrif em entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro transitório, Abdurrahim al Keib.

Além disso, Magrif, que qualificou o ocorrido como um "ataque criminoso e covarde", acrescentou: "condenamos com veemência qualquer ofensa contra o Islã e o profeta (Maomé), como condenamos e rejeitamos com veemência o uso da violência e o assassinato de inocentes como meio de expressão".

O ataque aconteceu após um protesto em frente à sede do consulado por causa de um vídeo realizado nos EUA e que supostamente ofendia Maomé.

Magrif, que leu um comunicado de condenação em nome do parlamento e do governo da Líbia, insistiu que o ataque era contrário à religião e à tradição hospitaleira do país africano. Para ele, trata-se de um novo episódio de violência para tentar manchar o processo democrático que começou com a queda, em agosto de 2011, do regime de Muammar Kadafi.

"É um complô contra a revolução e a estabilidade e segurança da Líbia", ressaltou.

Após dizer que as representações diplomáticas e as empresas e cidadãos estrangeiros estão sob a proteção do Estado líbio e seus serviços de segurança, ele pediu aos cidadãos para que permaneçam unidos "contra os que pretendem desestabilizar o país e atentar contra sua imagem".

"O caso ocorrido ontem à noite em Benghazi coincidiu com o aniversário dos atentados de 11 de setembro. Não permitiremos que o solo líbio seja usado para promover covardes ações de vingança", declarou.

*Matéria atualizada às 12h44

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaDiplomaciaEstados Unidos (EUA)LíbiaMortesPaíses ricos

Mais de Mundo

Biden e Xi Jinping se reúnem antes do temido retorno de Trump

Incêndio atinge hospital e mata 10 recém-nascidos na Índia

Irã nega encontro entre embaixador e Elon Musk

Tiro atinge avião da Southwest Airlines nos Estados Unidos