Shinzo Abe: segundo a imprensa local, o novo primeiro-ministro deve apresentar ainda hoje os membros de seu Gabinete antes da cerimônia de posse ( REUTERS/Toru Hanai)
Da Redação
Publicado em 26 de dezembro de 2012 às 05h05.
Tóquio - As duas Câmaras da Dieta (Parlamento) do Japão nomearam nesta quarta-feira Shinzo Abe, líder do Partido Liberal-Democrata (PLD), como novo primeiro-ministro do país, o sétimo nos últimos seis anos, que chega para substituir Yoshihiko Noda, do Partido Democrático (PD).
A designação de Abe, cuja formação alcançou uma ampla vitória nas eleições gerais realizadas no último dia 16 de dezembro, recebeu 328 votos a favor das 480 cadeiras que têm a câmara baixa japonesa, na qual sua formação possui maioria absoluta.
Recebida com aplausos por sua bancada, a nomeação de Abe, de 58 anos, também foi referendada pelo Senado, embora tenha se tratou de um mero trâmite, já que o resultado da câmara baixa prevalece na Constituição japonesa.
Antes da votação, o governo do já ex-primeiro-ministro Noda apresentou sua renúncia em plenário, como estava programado, para permitir que Abe, que já foi primeiro-ministro entre setembro de 2006 e setembro 2007, fosse ratificado como o novo chefe de Governo japonês.
Além disso, a câmara baixa elegeu o veterano político do PLD Bunmei Ibuki, que foi ministro das Finanças, Educação e Trabalho, como seu novo presidente.
Segundo a imprensa local, o novo primeiro-ministro deve apresentar ainda hoje os membros de seu Gabinete antes da cerimônia de posse, que será realizada em um ato solene no Palácio Imperial japonês.
Abe, que aparece como 96º primeiro-ministro da história do país, assume o governo do Japão sob a sombra da estagnação econômica, da lenta recuperação da área devastada pelo tsunami e do acidente nuclear de Fukushima em 2011, além dos efeitos negativos de sua disputa territorial com a China.
Seu partido, o histórico PLD, que governou Japão durante mais de meio século de maneira ininterrupta, venceu com clareza as eleições realizadas há exatamente dez dias e retomou o controle da câmara baixa após três anos de mandato do PD.