Mundo

Parlamento Europeu apoia ratificação de acordo de Paris

"Com a aprovação da ratificação do acordo de Paris por parte do parlamento Europeu, acabamos com o último obstáculo", assegura a Comissão Europeia

Acordo de Paris: "O parlamento Europeu mostrou sua aprovação a este acordo" (Philippe Wojazer/Reuters)

Acordo de Paris: "O parlamento Europeu mostrou sua aprovação a este acordo" (Philippe Wojazer/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2016 às 09h32.

Última atualização em 31 de maio de 2017 às 17h22.

Estrasburgo - O parlamento Europeu (PE) apoiou nesta terça-feira a ratificação do acordo de Paris contra a mudança climática, abrindo via para que a União Europeia (UE) ratifique também e permita a entrada em vigor do primeiro pacto climático mundial.

"O parlamento Europeu mostrou sua aprovação a este acordo", anunciou o presidente da instituição, Martin Schulz.

"Com a aprovação da ratificação do acordo de Paris por parte do parlamento Europeu, acabamos com o último obstáculo. O processo político para que a União Europeia ratifique o acordo terminou", assegurou a Comissão Europeia em comunicado.

Agora, espera-se que os Estados-membros -representados no Conselho da União Europeia- adotem formalmente o acordo e finalizem assim a ratificação, o que é previsto de maneira iminente, inclusive hoje mesmo.

Se for assim, só faltaria a UE depositar os instrumentos de ratificação na sede da ONU de Nova York ou que entregar ao secretário-geral da organização, Ban Kim-moon, que hoje pediu à UE que "faça história" com o acordo, durante uma sessão solene no plenário do parlamento Europeu.

Uma vez que a UE formalize a ratificação, o acordo terá alcançado o apoio necessário para entrar em vigor para a próxima cúpula climática (a COP22), que será realizada em Marrakech de 7 a 18 de outubro.

"É um dia histórico, sem a Europa este acordo não seria uma realidade. Podemos estar orgulhosos", afirmou o presidente do Partido Popular Europeu, Manfred Weber, que advertiu, no entanto, que "agora a Europa não pode só festejar a assinatura, mas também tem que trabalhar para que seja uma realidade".

Seu colega socialista, Gianni Pittella, disse que a UE "olha para o mundo" e garantiu que "temos que tentar fazer algo, passar das palavras aos fatos".

O líder dos liberais, Guy Verhofstadt, afirmou que "o multilateralismo funciona e a governança global do planeta não é um sonho", assim como que este passo "deixa patente que na Europa podemos liderar o mundo na direção correta, e que juntos somos mais fortes".

"Vemos o acordo como o primeiro passo, não podemos simplesmente parar agora, temos que trazer mudanças fundamentais ao mundo, no modo em que produzimos e no modo em que consumimos. O capitalismo simplesmente não permite estas mudanças", disse a presidente da Esquerda Unitária, Gabi Zimmer.

A copresidente dos Verdes, Rebecca Harms, pediu que agora se atue "com ambição", e afirmou que a UE conta com todas as tecnologias "para tramitar de outra maneira a economia, a energia", por isso que pediu que seja dado "um salto" para frente.

Acompanhe tudo sobre:acordo-de-parisClimaEuropaONUUnião Europeia

Mais de Mundo

EUA anuncia o envio do segundo porta-aviões ao Oriente Médio em meio à escalada de tensões na região

Israel anuncia que eliminará tarifas sobre produtos importados dos EUA

Senador americano protesta contra política de Trump em discurso que já dura mais de 20 horas

EUA admite 'erro' na expulsão de migrante para El Salvador