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Parlamento do Irã cria comissão para examinar acordo nuclear

O grupo terá a responsabilidade de analisar o acordo assinado em 14 de julho entre o Irã e as potências do grupo 5+1


	Presidente do Irã, Hassan Rouhani: documento tem como objetivo garantir o caráter civil do programa nuclear iraniano
 (IRNA/Reuters)

Presidente do Irã, Hassan Rouhani: documento tem como objetivo garantir o caráter civil do programa nuclear iraniano (IRNA/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de agosto de 2015 às 10h14.

O Parlamento iraniano criou nesta quarta-feira uma comissão especial para examinar o acordo do país com as grandes potências mundiais sobre seu programa nuclear.

A comissão, de 15 membros, 13 conservadores e dois reformistas, reflete a divisão de forças no Parlamento.

O grupo terá a responsabilidade de analisar o acordo assinado em 14 de julho entre o Irã e as potências do grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia, China e Alemanha).

O documento tem como objetivo garantir o caráter civil do programa nuclear iraniano, em troca de uma suspensão das sanções internacionais impostas à economia de Teerã desde 2006.

O Irã debate a necessidade de aprovação ou não do acordo pelo Parlamento.

A maioria dos deputados - 201 de 290 - pediu que o texto seja submetido à votação do Parlamento e do Conselho de Guardiões da Constituição, para que tenha "uma base legal".

Os conservadores do Parlamento não devem, a princípio, expressar oposição a um acordo que foi aprovado pelo guia supremo do país, o aiatolá Ali Khamenei.

O governo e a equipe de negociadores são contrários a uma votação no Parlamento por considerarem que transformaria compromissos voluntários do Irã em uma obrigação legal.

Khamenei afirmou na segunda-feira que o futuro do acordo sobre o programa nuclear não está claro, já que sua aprovação continua sendo incerta no Irã e nos Estados Unidos.

O guia supremo voltou a acusar Washington de tentar "infiltrar-se" no Irã por meio do acordo nuclear.

Em Washington o Congresso, dominado pelos opositores republicanos ao presidente Barack Obama, deve votar contra o acordo em setembro.

Obama teria então que vetar a decisão do Congresso, o que obrigaria uma segunda votação, na qual os opositores precisariam da maioria de dois terços - algo pouco provável - para rejeitar o acordo.

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