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Julio Borges, presidente do Parlamento venezuelano, denunciará fraude na eleição para a Constituinte (Marco Bello/Reuters)
EFE
Publicado em 2 de agosto de 2017 às 12h44.
Última atualização em 2 de agosto de 2017 às 12h45.
Caracas - O presidente do Parlamento venezuelano, Julio Borges, anunciou nesta quarta-feira que a Câmara de maioria opositora solicitará ao Ministério Público uma investigação da "manipulação dos resultados eleitorais" da votação da Assembleia Nacional Constituinte do domingo, denunciada pela Smartmatic, empresa responsável pela votação.
"Não é apenas uma fraude. É um crime que começa pela própria cabeça do poder eleitoral", disse Borges, no Palácio Federal Legislativo antes do início da sessão de hoje.
A declaração foi feita pouco depois da Smartmatic denunciar que houve "manipulação" dos dados de participação na votação que elegeu a Assembleia Nacional Constituinte.
Segundo a Justiça Eleitoral 8 milhões de venezuelanos votaram, mas esse total foi rejeitado pela oposição e pelo Ministério Público.
"A própria empresa tem dados nos servidores, que demonstram que todos os resultados foram aumentados", explicou ele, ressaltando que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) teria cometido uma fraude de "milhões de votos" e lamentando "que todos os cadeados tenham sido abertos para que não houvesse segurança dos processos".
Antes de começar a sessão, o presidente do Parlamento também falou sobre os militares, que fazem a segurança de todas as eleições no país.
"Saibam, oficiais das Forças Armadas, que vocês foram utilizados para uma fraude em massa e isso tem que tocar na consciência porque não podemos permitir que façam o que quiserem com o povo venezuelano", afirmou.
Diante desse cenário, Borges defendeu a abertura de um "processo de protesto social" e "de demanda legal" contra a fraude.
"Não se trata de qualquer denúncia, se trata da empresa Smartmatic. Está há mais de dez anos trabalhando em todas as eleições na Venezuela. São eles mesmos que estão dizendo. Não é um rumor. Eles podem comprovar pelos servidores que a quantidade de pessoas que votou no domingo foi muito menor do que o resultado anunciado pela CNE. O país não pode engolir uma Assembleia Nacional Constituinte eleita desse modo ", explicou.
Entre as primeiras medidas anunciadas pelo próprio presidente uma vez se instale este órgão plenipotenciário - cuja eleição foi convocada sem referendo prévio de aprovação, como é habitual nos processos constituintes - estará a eliminação da imunidade parlamentar e ajustes nas instituições do Estado críticas ao governo.
1/30 Opositores entram em confronto com exército venezuelano durante protesto contra Maduro (Andres Martinez Casares/Reuters)
2/30 Opositor se esquenta durante protesto contra Maduro na Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
3/30 Opositor caminha durante protesto contra a convocação de uma assembleia constituinte na Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
4/30 Manifestante é detido durante protesto contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Ueslei Marcelino/Reuters)
5/30 Opositor de Maduro é detido em Protesto, em Caracas (Marco Bello/Reuters)
6/30 Homem caminha durante protesto da oposição na Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
7/30 Oposição ateia fogo em motos durante protesto contra Maduro, na Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
8/30 Oposição ateia fogo em motos durante protesto contra Maduro, na Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
9/30 Opositor prepara coquetel Molotov durante protesto contra Maduro, na Venezuela (Andres Martinez Casares/Reuters)
10/30 Opositor durante protesto contra Maduro na Venezuela (Andres Martinez Casares/Reuters)
11/30 Opositor de Maduro lança coquetel Molotov durante protesto na Venezuela (Andres Martinez Casares/Reuters)
12/30 Opositores fazem barricada durante protesto contra Maduro, na Venezuela (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
13/30 Oposição durante protesto na Venezuela, contra o presidente Nicolás Maduro (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
14/30 Opositores se armam para protesto contra o presidente Nicolás Maduro, na Venezuela (Andres Martinez Casares/Reuters)
15/30 Homem foge da repressão policial na Venezuela, durante protesto na oposição contra Maduro (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
16/30 Opositores se protegem durante protesto contra Maduro, na Venezuela (Christian Veron/Reuters)
17/30 Opositores fazem barricada durante protesto contra o presidente Nicolás Maduro, na Venezuela (Marco Bello/Reuters)
18/30 Opositores fazem barricada durante protesto contra o presidente Nicolás Maduro, na Venezuela (Christian Veron/Reuters)
19/30 Opositores fazem barricada durante protesto contra o presidente Nicolás Maduro, na Venezuela (Christian Veron/Reuters)
20/30 Opositores fazem barricada durante protesto contra o presidente Nicolás Maduro, na Venezuela (Christian Veron/Reuters)
21/30 Estudantes marcham na Venezuela contra o presidente Nicolás Maduro (Jorge Silva/Reuters)
22/30 Protesto na Venezuela contra o presidente Nicolás Maduro (Ueslei Marcelino/Reuters)
23/30 Venezuelanos protestam contra a convocação da Assembleia Constituinte por Maduro (Henry Romero/Reuters)
24/30 Opositoras são encurraladas por militares durante protesto contra Maduro, na Venezuela (Christian Veron/Reuters)
25/30 Venezuelanos protestam contra o presidente Nicolás Maduro na Venezuela (Sergio Perez/Reuters)
26/30 Mulher protesta contra o governo de Nicolás Maduro, na Venezuela (Bobby Yip/Reuters)
27/30 Venezuelanas protestam contra a convocação de uma nova Assembleia Constituinte no país, pelo presidente Maduro (Jaime Saldarriaga/Reuters)
28/30 Venezuelanas protestam contra a convocação de uma nova Assembleia Constituinte no país, pelo presidente Maduro (Jaime Saldarriaga/Reuters)
29/30 Homem participa de protesto contra Maduro na Venezuela (Sergio Perez/Reuters)
30/30 Mulher segura terço e pedras durante protesto contra Maduro, na Venezuela (Andres Martinez Casares/Reuters)
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