Nicolás Maduro: UE também condenou a convocação de eleições em abril sem garantias suficientes (Miraflores Palace/Handout/Reuters)
EFE
Publicado em 8 de fevereiro de 2018 às 11h22.
Estrasburgo, França - O Parlamento Europeu (PE) exigiu nesta quinta-feira a extensão das sanções impostas pela União Europeia (UE) contra funcionários do alto escalão do governo da Venezuela, incluindo o presidente Nicolás Maduro, e condenou a expulsão do embaixador espanhol em Caracas, Jesús Silva.
A resolução de populares, liberais e conservadores e reformistas da Eurocâmara sobre a situação da Venezuela, que conseguiu o apoio, entre outros, dos social-democratas, foi aprovada por 480 votos a favor, 51 contra e 70 abstenções.
O texto considera "apropriadas" as sanções já aprovadas contra alguns dirigentes, mas aponta que deveriam ser "ampliadas" para os "principais responsáveis pelo aumento da crise política, social, econômica e humanitária" na Venezuela.
Além disso, o texto pede o aumento das sanções econômicas e diplomáticas se a situação se deteriorar e cita a estatal Petróleos de Venezuela S.A. (PDVSA).
No último dia 22 de janeiro, a UE formalizou sanções contra o "número dois" do chavismo, Diosdado Cabello; o presidente do Tribunal Supremo, Maikel Moreno; e o ministro de Interior e Justiça, Néstor Reverol, pela "repressão" na Venezuela.
Além disso, também estão na lista de sancionados o chefe do serviço de inteligência, Gustavo González; a presidente do Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena; o procurador-geral, Tarek William Saab, e o ex-comandante da Guarda Nacional Bolivariana Antonio José Benavides.
Além das sanções, o texto dos grupos conservadores e liberais do PE condena o fato de a Assembleia Nacional Constituinte ter convocado eleições em abril sem as garantias suficientes e exige um "calendário eleitoral viável".
A Eurocâmara também condena a expulsão do embaixador espanhol na Venezuela, Jesús Silva, após a decisão unânime dos Estados membros da UE de impor sanções a sete dirigentes do regime venezuelano.
Por último, o texto exige o fim da violência e da crise humanitária no país, a libertação dos presos políticos e insiste no envio de uma delegação do PE a Caracas.