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Parlamento da UE dificulta progresso do Brexit

O líder do maior partido da Legislatura da UE pediu que May demita seu ministro das Relações Exteriores, Boris Johnson

Theresa May: "Por favor, demita Johnson", pediu Manfred Weber (Carl Court - WPA Pool/Getty Images/Getty Images)

Theresa May: "Por favor, demita Johnson", pediu Manfred Weber (Carl Court - WPA Pool/Getty Images/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 3 de outubro de 2017 às 17h49.

Estrasburgo - O Parlamento Europeu atacou, nesta terça-feira, a maneira como o governo do Reino Unido está tratando as negociações de sua desfiliação da União Europeia, o chamado Brexit, votando contra a abertura de conversas sobre a relação comercial futura e criticando a desordem da equipe da primeira-ministra britânica, Theresa May.

O líder do maior partido da Legislatura da UE, um aliado alemão da chanceler conservadora Angela Merkel, disse que as disputas internas do gabinete estão colocando um acordo em risco e pediu que May demita seu ministro das Relações Exteriores, Boris Johnson.

"Por favor, demita Johnson", pediu Manfred Weber, figura de destaque na assembleia, que precisa aprovar qualquer acordo firmado pelo negociador da UE, Michel Barnier, antes da saída do Reino Unido em março de 2019.

Ao iniciar o debate em Estrasburgo, Barnier e o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, reiteraram sua opinião de que a quarta rodada de negociações realizada na semana passada não produziu concordância suficiente em temas essenciais para que o bloco ceda às exigências de May: conversas imediatas sobre um acordo de livre comércio e uma transição para ele após o Brexit.

Na semana passada Juncker disse que seriam necessários "milagres" para que as conversas da próxima semana destravem um movimento para uma nova fase até o final deste mês, e ainda mais para que isso aconteça a tempo de líderes nacionais da UE aprovarem tal mudança de ritmo quando se reunirem para uma cúpula nos dias 19 e 20 de outubro.

O teste estabelecido pela UE é fazer "progresso suficiente" --algo que esta mesma não definiu-- no acerto dos direitos de cidadãos do bloco no Reino Unido após a separação, arranjos de fronteira com a Irlanda e o quanto Londres pagará a Bruxelas ao partir.

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