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Parlamento da Turquia aprova eleições antecipadas em junho

O parlamento da Turquia aprovou o pedido para antecipar as eleições presidenciais de 2019 para o final de junho deste ano

Turquia: a oposição já tinha destacado que o atual presidente iria tentar antecipar as eleições (Murat Kula/Presidential Palace/Reuters)

Turquia: a oposição já tinha destacado que o atual presidente iria tentar antecipar as eleições (Murat Kula/Presidential Palace/Reuters)

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EFE

Publicado em 20 de abril de 2018 às 13h49.

Istambul - O Parlamento da Turquia aprovou nesta sexta-feira a convocação de eleições presidenciais e parlamentares antecipadas para o próximo dia 24 de junho, quase um ano e meio antes da data regular prevista, como pedia o presidente do país, Recep Tayyip Erdogan.

A proposta foi aceita com 386 votos no plenário, de 550 cadeiras, informa a agência de notícias turca "Anadolu".

O total de votos supera a soma dos deputados do governista Partido Justiça e Desenvolvimento (AKP) e de seu aliado, o direitista Partido de Ação Nacionalista (MHP), por isso deduz-se que parte do social-democrata Partido Republicano do Povo (CHP) também votou a favor, afirma o jornal "Hürriyet".

Os deputados do esquerdista Partido Democrático dos Povos (HDP), por sua vez, abandonaram a assembleia antes da votação.

A oposição tinha destacado há muito tempo que Erdogan iria tentar antecipar as eleições, o que explicava sua intensa campanha de aparições públicas em todas as províncias do país, avisando aos seus seguidores para se prepararem para as eleições "em novembro de 2019", o fim da legislatura atual.

No entanto, o governo tinha negado com firmeza qualquer intenção antecipar o pleito, até a última terça-feira, quando o MHP propôs passá-lo para agosto deste ano, sugestão que foi modificada por Erdogan, que no dia seguinte anunciou a data de 24 de junho, agora ratificada pelo Parlamento.

O anúncio pegou de surpresa o CHP, principal partido da oposição, dado que ainda não tem um candidato presidencial definido.

Também está em debate se o recém fundado partido IYI, uma cisão do MHP, poderá se apresentar dentro do prazo.

Terminadas as eleições, entrará plenamente em vigor o sistema presidencialista aprovado em referendo em abril do ano passado, por isso será abolida a figura do primeiro-ministro e todo o poder se concentrará nas mãos do presidente.

 

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