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Parlamento canadense é fechado após tiroteio

Um homem armado disparou e matou um soldado e depois invadiu os prédios do Parlamento até ser baleado

Policial cerca a rua Metcalfe após um tiroteio no centro de Ottawa, no Canadá (Blair Gable/Reuters)

Policial cerca a rua Metcalfe após um tiroteio no centro de Ottawa, no Canadá (Blair Gable/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2014 às 15h49.

Ottawa - Um homem armado disparou e matou um soldado em Ottawa nesta quarta-feira e, em seguida, invadiu os prédios do Parlamento e foi perseguido pela polícia, com pelo menos 30 tiros sendo disparados em cenas dramáticas no coração da capital canadense.

O suspeito foi baleado e morto dentro do Parlamento, de acordo com um ministro do governo.

O soldado atingido em tiroteio no Memorial de Guerra Canadense, morreu, e um guarda dos prédios nas proximidades do Parlamento foi ferido, disse o ministro-chefe de gabinete do Canadá, Jason Kenney.

"Condolências à família do soldado morto, e orações ao guarda ferido. O Canadá não será aterrorizado ou intimidado", afirmou Kenney, um dos ministros mais poderosos do premiê Stephen Harper, no Twitter.

A polícia de Ottawa confirmou as mortes do suspeito e do soldado e informou que estava procurando por mais suspeitos perto do memorial e do Parlamento.

O primeiro-ministro Harper estava participando de uma reunião no Parlamento quando ocorreu o tiroteio no edifício, afirmou o ministro de assuntos de veteranos e antigo policial Julian Fantino, ao jornal Toronto Sun.

Harper foi retirado do local em segurança e o Parlamento foi fechado.

Fantino disse que o chefe de segurança do Parlamento, o sargento Kevin Vickers, antigo membro da polícia montada real do Canadá (RCMP, na sigla em inglês), conseguiu matar o suspeito.

"Ainda não temos todos os detalhes, mas o sargento, e ex-montada, é um dos que enfrentaram o homem armado, ou pelo menos um deles, e colocou um fim a tudo isso", disse Fantino. "

Ele fez um grande trabalho e, até onde eu sei, atingiu o atirador que agora está morto."

Vídeos dramáticos postados pelo jornal Globe and Mail mostraram policiais com armas em punho dentro do prédio principal do Parlamento. Pelo menos dezenas de disparos são ouvidos no clipe, ecoando pelo corredor.

'Situação Perigosa Aqui'

Conforme o drama se desenvolveu, policiais usando coletes à prova de bala pretos e armas automáticas inundaram as ruas próximas ao Parlamento.

Alguns se protegeram atrás de veículos e gritavam para as pessoas abandonarem a área, dizendo: "Não temos o suspeito preso. Vocês correm perigo ficando aqui." A polícia rapidamente liberou alguns quarteirões no centro de Ottawa. Até as 14h (horário de Brasília) as ruas ficaram vazias.

Integrantes do Parlamento foram avisados para se trancar em seus escritórios e para ficar longe das janelas.

"Se a sua porta não trancar, encontre maneiras para fazer barricadas, se possível. Não abra a porta sob nenhuma circunstância", disse um alerta de segurança emitido pelas autoridades do Parlamento. Todos os celulares na região foram bloqueados.

O tiroteio acontece dois dias depois de um islâmico atropelar dois soldados canadenses com o seu carro, matando um, próximo a Montreal, antes de ser morto por um policial.

Testemunha

Um trabalhador do setor de construção civil testemunhou o incidente em Ottawa e disse à Reuters que ouviu um disparo e, então, viu um homem com um lenço sobre o rosto correndo para o Parlamento.

"Ele usava uma calça azul e jaqueta preta, tinha uma escopeta de cano duplo e correu para a lateral deste prédio e roubou um carro à mão armada", disse Scott Walsh para Reuters.

O motorista do carro conseguiu escapar, então o homem dirigiu o carro para o bloco central no Parliament Hill, que está em obras, disse Walsh.

O suspeito cruzou com uma mulher que levava uma criança em um carrinho, que fugiu gritando. Ele não atacou a mulher, nem a criança, disse.

O bloco central é o principal prédio de Parliament Hill, um amplo complexo de edifícios e de espaços abertos no centro de Ottawa. Nele há o Congresso e o Senado, assim como os escritórios de alguns membros do Parlamento e funcionários administrativos.

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