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Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2011 às 14h16.
Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, foi autorizado neste sábado pelo Parlamento de seu país para viajar a Cuba para iniciar a segunda etapa do tratamento contra o câncer, que consiste na aplicação de quimioterapia.
"A bancada bolivariana, por razões de legitimidade, legalidade e humanidade, vai votar pela autorização", sentenciou o presidente da Assembleia Nacional (Parlamento), Fernando Soto, após ter cumprido duas horas de debate nas quais as duas bancadas entraram em acordo para permitir a viagem de Chávez.
"Obrigado a Assembleia Nacional por permitir esta viagem", disse o chefe de Estado ao culminar o debate, que em conselho de ministros observou a discussão e assinalou que espera retornar muito em breve a seu país.
A bancada parlamentar de oposição votou a favor de outorgar a permissão, embora solicitasse que o vice-presidente, Elías Jaua, assuma a chefia de Estado porque Chávez não deve exercer a Presidência de Cuba.
"Autorizamos a viagem do presidente para Cuba e esperamos que se recupere (...) mas enquanto durar a ausência, todos os atos devem ser tomados da Venezuela e não de Cuba", disse o deputado opositor Hiram Gaviria.
Por sua vez, o também opositor Miguel Rodríguez acusou a bancada governista de "traficar" com a saúde do presidente.
Chávez foi operado no dia 20 de junho de um tumor cancerígeno em Cuba e retornou à Venezuela no dia 4 de julho para continuar com "a primeira etapa" do processo de recuperação.
Na sexta-feira, após se despedir do presidente eleito do Peru, Ollanta Humala, que visitou a Venezuela, Chávez aproveitou a presença da imprensa para ler a carta de solicitação de permissão de viagem à Assembleia Nacional.
"Esta segunda etapa começará nos próximos dias com a aplicação de quimioterapia, e tenho certeza que a segunda etapa contribuirá para seguir pelo caminho da recuperação", disse Chávez, após agradecer a equipe de médicos cubanos e venezuelanos que acompanham o trabalho.
O presidente não especificou quanto tempo ficará ausente de seu país, mas esclareceu que devia solicitar a permissão ao Parlamento, como corresponde constitucionalmente quando a ausência supera os cinco dias.