O chanceler britânico, William Hague: "para conseguir uma solução diplomática e política na Síria é necessário que continuemos apoiando no terreno a coalizão nacional", advertiu (Mohammed al-Shaikh/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2013 às 12h41.
Dublin - Os ministros das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, e do Reino Unido, William Hague, defenderam nesta sexta-feira o fim do embargo europeu de armas à Síria, ou pelo menos uma revisão das sanções, apesar da oposição da maioria dos países da União Europeia (UE).
"A questão é impedir (o presidente sírio) Bashar al Assad de seguir bombardeando e massacrando a população síria" e "permitir a oposição se defender", disse Fabius ao chegar na reunião informal entre os ministros das Relações Exteriores da UE realizada em Dublin, na Irlanda.
Hague, por sua vez, afirmou que em função da "atual situação na Síria, que está em contínua deterioração", o governo do Reino Unido quer "ir mais além" do fornecimento de equipamento "não letal" que já está sendo praticada atualmente.
"Para conseguir uma solução diplomática e política na Síria é necessário que continuemos apoiando no terreno a coalizão nacional", advertiu Hague.
Para o chefe da diplomacia britânica existem "sólidos argumentos" a favor da retirada do embargo no final em maio, quando vence o atual regime de sanções europeu.
No entanto, o ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, disse que seu país é "reticente" ao fim do embargo e lembrou que é necessário evitar que armas caiam em maõs erradas e o conflito piore.
Já o ministro austríaco, Michael Spindelegger, opinou que levantar o embargo de armas "não seria uma boa ideia" e não traria a paz, mas sim aumento do conflito. Spindelegger contou que manteve conversas com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que compartilharia de sua opinião.
Fontes europeias indicaram hoje em Dublin que a maioria dos Estados-membros segue contra permitir o envio de armamentos além dos "não letais" (que incluirm veículos blindados e equipamentos de proteção pessoal).
As discussões sobre a questão continuarão nas próximas semanas, antes da posição final ser definida em maio.