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Paris admite ter que reduzir déficit para manter classificação de dívida

Paris - O Governo francês admitiu hoje que deve aplicar medidas de corte do déficit das contas públicas para evitar que as agências de qualificação de risco revisem para baixo a classificação de sua dívida. O ministro do Orçamento francês, François Baroin, disse ao "Canal Plus" que o objetivo de manter o nível "AAA" para […]

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Da Redação

Publicado em 30 de maio de 2010 às 17h27.

Paris - O Governo francês admitiu hoje que deve aplicar medidas de corte do déficit das contas públicas para evitar que as agências de qualificação de risco revisem para baixo a classificação de sua dívida.

O ministro do Orçamento francês, François Baroin, disse ao "Canal Plus" que o objetivo de manter o nível "AAA" para a dívida soberana francesa condiciona "as políticas econômicas" que deve adotar.

"Temos que manter nossa AAA, reduzir nosso endividamento para evitarmos ser dependentes demais dos mercados e depois temos que mantê-lo", disse o ministro.

As declarações de Baroin foram divulgadas depois que outro membro do Governo francês, a ministra da Economia Christine Lagarde, assegurou que Paris "esperava" o rebaixamento que a agência Fitch anunciou na sexta-feira sobre a dívida espanhola.

"Nós esperávamos", disse a ministra, em entrevista publicada hoje pelo jornal "Le Parisien", perguntada sobre se a decisão da agência de classificação de risco a preocupava. A Fitch anunciou um rebaixamento da dívida espanhola da categoria AAA para AA+, com perspectiva estável.

A agência de qualificação de risco confirmou no último dia 28 a classificação AAA para a dívida soberana francesa.

O ministro Baroin disse que o presidente francês, Nicolas Sarkozy, anunciou a intenção de fazer uma reforma na Constituição do país para acrescentar como princípio o controle do déficit público, diante da ameaça que representa a dívida sem um ajuste orçamentário durável.

Essa ideia de revisão constitucional demonstra, segundo o ministro, "que não se trata de algo para dar satisfação aos mercados, mas de uma nova inflexão, uma nova tendência, uma nova disciplina orçamentária francesa"

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