Agência de Notícias
Publicado em 15 de setembro de 2024 às 10h21.
Familiares dos dois cidadãos espanhóis detidos na Venezuela, acusados de fazer parte de uma operação dirigida pelos Estados Unidos para assassinar Nicolás Maduro, denunciaram seu desaparecimento à delegacia na última segunda-feira e a polícia descobriu que eles haviam sido detidos naquele país.
Segundo o Departamento de Segurança do País Basco (norte da Espanha), as famílias apresentaram a queixa na última segunda e indicaram que os dois homens viajaram para a Venezuela e que “há dias que não conseguiam contactá-los”.
A polícia realizou “as diligências cabíveis”, segundo estas fontes, e apurou que ambos tinham sido detidos, o que foi transmitido às duas famílias, embora não tenha sido indicado o motivo das detenções.
O governo venezuelano informou ontem a detenção dos dois cidadãos espanhóis pelo seu envolvimento em uma suposta operação que tinha como objetivo a prática de atos “terroristas”, incluindo o assassinato do presidente Nicolás Maduro, e que, segundo os seus detalhes, “tem ligações” com o Centro Nacional de Inteligência (CNI) – serviço de inteligência espanhol -, o que foi negado pelo governo da Espanha.
O pai de Andrés Martínez Adasme declarou ao jornal "El Mundo" que seu filho e o outro preso estavam de férias e que ele não é do CNI.
A Embaixada da Espanha na Venezuela espera ter acesso aos dois detidos, acusados de terrorismo, para verificar suas identidades e nacionalidade e, caso sejam cidadãos espanhóis, para saber exatamente do que são acusados e que possam receber toda a assistência necessária.