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Parentes das vítimas do MH370 protestam em embaixada

Cerca de 200 familiares protestam na China sobre a gestão do desastre e para exigir mais informações


	Parentes das vítimas do voo MH370 choram durante protesto em frente à embaixada da Malásia em Pequim
 (REUTERS/Kim Kyung-Hoon)

Parentes das vítimas do voo MH370 choram durante protesto em frente à embaixada da Malásia em Pequim (REUTERS/Kim Kyung-Hoon)

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Da Redação

Publicado em 25 de março de 2014 às 06h50.

Pequim - Cerca de 200 familiares dos 154 passageiros chineses do voo MH370 da Malaysia Airlines, que a companhia aérea considerou como mortos na última noite após ter concluído que o avião caiu no sul do Oceano Índico, fazem uma marcha de protesto nesta terça-feira rumo à embaixada malaia em Pequim para protestar sobre a gestão do desastre e exigir mais informações.

Os parentes, que até agora eram mantidos em um hotel no nordeste de Pequim, decidiram se dirigir para a representação diplomática da Malásia depois que não aconteceu uma entrevista coletiva que esperavam por volta das 10h locais (23hde Brasília da segunda-feira), conforme explicação que algumas testemunhas deram para a Agência Efe.

Os manifestantes são escoltados pela polícia chinesa, que também estabeleceu um anel de segurança em torno da Embaixada malaia.

A Malaysia Airlines notificou na segunda-feira pela noite os familiares dos passageiros do voo MH370 que novas análises dos dados oferecidos pelos satélites mostram, "além de toda dúvida razoável", que o avião caiu no mar no sul do Oceano Índico ao oeste da cidade australiana de Perth.

A companhia, que enviou também uma mensagem de texto em inglês aos parentes das vítimas, detalhou que não houve sobreviventes.

Ao receber a notificação, foram muitas as cenas de tristeza e desespero no hotel onde estavam os familiares dos passageiros do Boeing 777-200.

Vários deles publicaram hoje de madrugada um comunicado expressando sua raiva contra a companhia aérea, o governo e os militares da Malásia, e os acusaram de "ter escondido a verdade", causando "destruição psicológica e mental" dos parentes que durante 18 dias se agarraram desesperadamente à possibilidade que os passageiros estivessem vivos.

Os familiares chineses em Pequim foram os mais críticos nas últimas semanas com a condução da crise pelas autoridades da Malásia, que foram acusadas em várias ocasiões de esconder informações sobre o ocorrido.

Enquanto as cenas de dor e tristeza se sucediam no hotel dos familiares, a imprensa chinesa pediu o prosseguimento das buscas para comprovar que o avião realmente afundou no oceano. 

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