Mundo

Paraquedistas dos EUA chegam à Ucrânia para treinar Guarda

Os militares, que pertencem à 173º brigada aerotransportada, chegaram a Yavoriv e treinarão 900 soldados da Guarda Nacional ucraniana

Membros da Guarda Nacional ucraniana em Kharkiv: militares americanos treinarão 900 soldados da Guarda Nacional ucraniana (Sergey Bobok/AFP)

Membros da Guarda Nacional ucraniana em Kharkiv: militares americanos treinarão 900 soldados da Guarda Nacional ucraniana (Sergey Bobok/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2015 às 09h12.

Kiev - Trezentos paraquedistas americanos chegaram à Ucrânia para treinar soldados da Guarda Nacional ucraniana no oeste do país, anunciou nesta sexta-feira o exército americano.

Os militares, que pertencem à 173º brigada aerotransportada, chegaram a Yavoriv, na região de Lviv, perto da fronteira polonesa, e treinarão 900 soldados da Guarda Nacional ucraniana, disse o exército em um comunicado publicado em seu site.

A decisão americana provocou uma rápida reação de Moscou. "A presença de especialistas de um terceiro país não facilita uma solução do conflito nem a criação de um bom ambiente, e, pelo contrário, desestabiliza seriamente a situação", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pela agência russa Ria Novosti.

A Guarda Nacional ucraniana, subordinada ao ministério do Interior, é composta em parte por voluntários que participaram das milícias de autodefesa do Maidan, o movimento de contestação pró-europeu que invadiu o centro de Kiev em fevereiro de 2014 e foi reprimido pelo executivo anterior.

O treinamento durará seis meses, e está previsto que os instrutores americanos sejam substituídos a cada dois meses, segundo o comunicado.

Os soldados americanos ensinarão técnicas de combate aos ucranianos e também a "manter e reforçar o profissionalismo e a habilidade das equipes militares", declarou o comandante José Méndez, citado no comunicado.

Antes desta decisão, a Rússia já acusava os americanos de encorajar o movimento do Maidan que provocou a queda do regime pró-russo na Ucrânia.

A destituição do presidente ucraniano anterior, Viktor Yanukovytch, em fevereiro de 2014, desencadeou a anexação da península da Crimeia pela Rússia menos de um mês depois, e um conflito armado no leste separatista da Ucrânia que deixou 6.000 mortos em 11 meses.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)ExércitoPaíses ricosUcrânia

Mais de Mundo

Justiça da Bolívia retira Evo Morales da chefia do partido governista após quase 3 décadas

Aerolineas Argentinas fecha acordo com sindicatos após meses de conflito

Agricultores franceses jogam esterco em prédio em ação contra acordo com Mercosul

Em fórum com Trump, Milei defende nova aliança política, comercial e militar com EUA