O presidente paraguaio Federico Franco: o governo diz contar com o apoio da maioria dos países e apenas “alguns questionam” a situação atual do Paraguai (Marcello Casal Jr./Agência Brasil/ Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 28 de novembro de 2012 às 08h47.
Brasília - O governo do Paraguai tem esperança de que a Cúpula da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), no Peru, decida revogar a suspensão do país no grupo. O vice-ministro das Relações Exteriores do Paraguai, Antonio Rivas Palacios, disse ontem (27) que o governo aguarda o encontro para decidir quais serão as próximas ações. Segundo ele, o Paraguai sofre uma "cruzada persecutória" .
O Paraguai está suspenso, há cinco meses, da Unasul e do Mercosul até 21 de abril de 2013. A suspensão foi definida pelos presidentes sul-americanas por discordarem da forma como foi conduzido o processo de impeachment do então presidente paraguaio Fernando Lugo, em junho. Para os líderes políticos, houve rompimento da ordem democrática no país.
"Não podemos permitir que se mantenham as sanções", disse o vice-ministro, lembrando que a expectativa é que ocorra uma decisão sobre o Paraguai na reunião dos chefes de Estado, na sexta-feira (30). A presidente Dilma Rousseff não participará dos debates porque cancelou sua viagem ao Peru.
O vice-ministro disse ainda que o governo do Paraguai conta com o apoio da maioria dos países e apenas “alguns questionam” a situação atual do país. Lugo foi destituído do poder, após aprovação do Congresso, denunciado por falta de responsabilidade. Para os líderes sul-americanos, Lugo não teve tempo suficiente para se defender.
"Temos relações normais com quase todos [os países]. Estamos recebendo embaixadores de todos os continentes", ressaltou o vice-ministro. "A relação com quase todo mundo é normal, só na nossa região é mantida alguma distância", acrescentou. Com informações da agência pública de notícias do Paraguai, Ipparaguay.