O ministro brasileiro das Relações Exteriores: segundo Patriota, Mercosul busca incorporar Venezuela da forma mais adequada e rápida possível (Evaristo Sa/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de dezembro de 2012 às 16h03.
Brasília - O Mercosul manterá a suspensão do Paraguai até a realização de eleições presidenciais, em abril do ano que vem, ratificando posição contra o governo adotada após a destituição do ex-presidente Fernando Lugo em um questionado processo de impeachment, em junho.
A decisão segue os passos da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), o que mantém o Paraguai praticamente isolado na região.
"Não há alteração da suspensão", disse o ministro de Relações Exteriores, Antonio Patriota, a jornalistas após reunião de chanceleres do Mercosul em Brasília.
O Paraguai foi suspenso do bloco após um rápido processo que destituiu Lugo, acusado de mau desempenho. Argentina, Brasil e Uruguai, integrantes do Mercosul, repudiaram a medida, retiraram seus chanceleres e suspenderam politicamente o país do bloco.
O país era o único cujo Congresso não havia aprovado a adesão da Venezuela ao Mercosul, o que ocorreu em julho diante da suspensão paraguaia.
A cúpula de presidentes do Mercosul, na sexta-feira, celebrará a incorporação plena venezuelana ao bloco, mas não terá a presença do presidente Hugo Chávez, que era aguardado no encontro. Chávez, de 58 anos, está em Cuba, onde se submete a tratamento de saúde relacionado a um câncer.
Patriota disse que o bloco está buscando a forma "mais adequada e rápida" para a plena incorporação da Venezuela no bloco, referindo-se à adoção da nomenclatura comum do Mercosul e convergência de tarifas para a Tarifa Externa Comum (TEC).
A Bolívia manifestou interesse em tornar-se membro pleno "dentro do mais possível", disse Patriota.