Avenida Internacional, que separa o Brasil do Paraguai (Jerônimo Freitas Rodrigues de Carvalho/Wikimedia Commons)
EFE
Publicado em 22 de janeiro de 2019 às 13h48.
Assunção- A Polícia Nacional do Paraguai anunciou nesta terça-feira um aumento dos controles de segurança na cidade fronteiriça de Pedro Juan Caballero como parte de uma estratégia para erradicar as facções criminosas que operam na região, como o Primeiro Comando Capital (PCC), a maior do Brasil.
O comandante da Polícia Nacional, Walter Vázquez, previu um maior número de apreensões e detenções, ao mesmo tempo que pediu a colaboração dos cidadãos informando sobre a presença de pessoas e de veículos suspeitos.
"Estamos trabalhando para reforçar a fronteira. Já temos um plano estabelecido", disse o comando policial, citado na página do Ministério do Interior.
No último fim de semana, duas pessoas foram detidas em um controle policial em Pedro Juan Caballero, no qual foram apreendidos vários fuzis, pistolas e munição no interior de um veículo.
A Polícia suspeita que tal armamento teria como destino alguns dos grupos criminosos que operam na denominada Tríplice Fronteira, entre Paraguai, Brasil e Argentina.
De acordo com fontes policiais, na área de Pedro Juan Caballero há uma guerra entre facções criminosas rivais pelo controle do tráfico de drogas, como o PCC e o Comando Vermelho (CV).
Em novembro do ano passado foi assassinada nessa cidade a advogada argentina Laura Casuso, que defendia o traficante brasileiro Jarvis Chimenes Pavão, de quem se suspeita que comandava de um presídio paraguaio uma rede criminosa nessa cidade, no departamento de Amambaí.
Antes desse assassinato, Pavão foi extraditado ao Brasil, onde cumpre pena de 17 anos de prisão por lavagem de dinheiro, narcotráfico e associação criminosa.
No Paraguai, cumpriu outra pena de oito anos por evasão de divisas e lavagem de dinheiro.
Pedro Juan Caballero está entre as cidades mais violentas da região.